O PROBLEMA DA(O) MALA
Mala no Brasil, tem mais ressonância no sentido figurado que
no sentido lato da palavra.
Quem dentre nós não tem um amigo “mala”, um parente, um
chefe e até mesmo uma mulher “mala”?
Os campeões nesse “sacal” quesito, são convenientemente
qualificados como “mala sem alça”, posto
mais elevado dessa classe de “pentelhos”.
Em política, mala tem um sentido ainda mais relevante,
principalmente para a absoluta maioria “dos abnegados” que doam seu tempo para
defender o direito de seus representados(ehehehehe,acredite se quiser).
Para esses altruístas, “mala” significa bufunfa, grana,
normalmente verdinhas, passadas de mão em mão em restaurantes, saguão de hotéis,
aeroportos e muitos outros locais não chamativos, pois é imensa a imaginação
desse naipe de corruptos.
Um dos primeiros a se notabilizar no ramo foi o ex-senador
do PFL de Santa Catarina, Jorge Bornhausen, mais conhecido como “o homem da
mala preta.
Nos 14 anos de administração petista o numero de “maleiros”
aumentou de forma estratosférica com a disseminação geral da roubalheira, a
ponto desses fieis carregadores tentarem junto ao corrupto Ministério do
Trabalho, a criação de um sindicato para dar maiores garantias e estabilidade
aos “trabalhadores” desse sigiloso ramo de atividade, pleiteando inclusive
adicional de periculosidade.
Alem de todos os tesoureiros do PT nesse longo período de
trevas, dois casos de “mulas” mereceram maior destaque na mídia e nas piadas; o
primeiro, do irmão do Genoino, José Guimarães, cujo assistente para disfarçar,
ao invés de mala transportava a grana suja em cuecões de couro; o outro caso ridículo,
foi de uma ascepone do mordomo de vampiro Temer, deputado Rocha Loures, que
flagrado por câmeras escondidas, mala junto aopeito, corria feito uma gazela
assustada pelas ruas do centro de São Paulo.
Mas agora o enfoque é outro.
Há pouco mais de um ano a Anac, conluiada com as companhias aéreas
preparou um engodo para os passageiros, alegando que a cobrança a parte das “malas”
acarretaria uma diminuição no custo das passagens.
Não sei se algum otário acreditou, pois o despacho de malas
passou a ser cobrado e as passagens subiram ainda mais.
Essa semana, novo aperto das companhias aéreas, que passaram
a medir com lupa e balanças de precisão, o tamanho e peso das bagagens de
mão(malinhas e maletas).
Obviamente, as que não se “encaixarem” nas medidas terão que
ser despachadas e pagas sem qualquer apelação.
É mais uma ferrada no bolso do usuário, se bem que alguns
cretinos extrapolam, trazendo para dentro do avião verdadeiros entulhos que
atravancam e atrapalham o embarque e desembarque dos passageiros.
Serão ainda permitidas(até quando?) as mochilas, um perigo
para os demais passageiros, pois a maioria dos mochileiros levam em suas costas
verdadeiros acampamentos, esbarrando e machucando todos que estão em seu
caminho.
Entendo, que ao invés de serem tão rigorosos com a maletas
de mão, deveriam canalizar esse rigor para com as mochilas, visando
principalmente a segurança dos passageiros.
Quem é ainda não levou dolorosas cutucadas desses mochileiros
que atire a primeira pedra.
No final, quem sempre paga o pato são os usuários.
Viva a Anac!!!
José Roberto- 14/05/19
O Brasil tem de obrigatoriamente regulamentar o tamanho e o peso das "maletas" de mão nos aviões. Quem ainda não sofreu com as "malas" mais esdrúxulas, tanto em tamanho e forma, quanto peso dentro das aeronaves. Isto é ponto pacífico tem de ser regulamentado. Mas, quanto as "malas de dinheiro" e "os malas", esses nunca serão cortados do cenário brasileiro, pois a corrupção aqui, na Republica Bananeira, ganha de goleada da justiça.
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