O PAPEL DO SUPREMO

O PAPEL DO SUPREMO

Fiquei ausente durante alguns dias, perdendo a oportunidade de escrever meu texto piegas como faço todos os anos, na véspera do dia das mães.

Tentarei caprichar mais em 2020, pois essa foi minha primeira falha em quase quinze anos de blog.

Mas o assunto que me enche de engulhos, objeto do meu ferino texto de hoje é o nosso Supremo, que insiste em proteger políticos corruptos, saborear lagosta, camarões, harmonizados com vinhos finos e peidando e cagando para o povo.

Esse é o grandioso papel do nosso Supremo, que limpa o fiofó com papel higiênico acetinado com fibras de ouro 24 quilates, pois o “buraco da bala” de suas excelências e por demais delicado.

Bem que uma juíza tentou acabar com essa farra “regabofiana” dos ilustres membros do STF, mas foi escanteada por um desembargador puxa-saco do STJ, que ainda teve a cara de pau de afirmar, que os “supremos juízes” merecem essas iguarias, senão não seriam “supremos”.

Nesses dez dias que me ausentei, o país foi brindado com duas obras primas de nossa egrégia corte.

A primeira, magistral, surgida de mentes brilhantes, autoriza as assembleias estaduais a concederem perdão aos crimes cometidos por seus membros em exercício. Prato cheio delegando e dando aval a impunidade, a deputados corruptos e picaretas que se escondem atrás dos mandados, e que com esse “habeas corpus” definitivo, terão ainda mais concorrência nas próximas eleições.

Deputado estadual passará a ser um dos mais cobiçados cargos do país, pois blindará os safados que dominam e povoam as Assembleias, com o cobiçado manto da impunidade.

A outra grande jogada, foi retroagir e validar o decreto do anêmico e corrupto ex-presidente Temer, estendendo o indulto de Natal aos criminosos de colarinho branco, alem de reduzir de um quarto, para um quinto, o tempo do cumprimento da pena para fazer jus a essa grande benesse. Obviamente, legislam em causa própria, pois sabem que no futuro é o deles que poderão estar “na reta”.

Que maravilha, que supremo genial.

Tudo isso porque afirmam ser “garantistas”, defendendo o direito dos corruptos “per omnia saecula saeculorum”.

E por essas e outras, que as vezes tenho orgulho de ser brasileiro.

Encerrando, quero deixar claro, que meu escrito deve ser interpretado sempre no bom sentido, exaltando nosso STF, pois tenho “imenso respeito” pelo supremo órgão.

José Roberto- 13/05/19