A PORTA DA IMPUNIDADE
De nada adianta o palavrório da ministra e Presidente do
Supremo, Carmem Lúcia, pois fica muito difícil acreditar num tribunal que não
julga os políticos, funcionando apenas de forma capenga quando se trata de
outros ramos da sociedade civil.
Por tudo que temos visto, para o STF os políticos permanecem
intocáveis, o que justifica a briga de foice de todos os corruptos pela
manutenção do foro especial.
O pior castigo para qualquer deputado ou senador, é perder
esse sacrossanto refúgio, onde os processos de suas roubalheiras são arquivados,
até prescreverem pela ação do tempo e das teias de aranha.
Ainda ontem, um dos corruptos de primeira linha, o senador
Romero Jucá comemorava sorridente mais uma vitória.
Mais um, dentre a dezenas de processos contra o corrupto
senador que dormitam no Supremo, foi encerrado por decurso de prazo, após 14
anos de inanição.
Apenas nas mão do beiçudo Gilmar Mendes, o gostosão que não
segura nem o guarda-chuvas, tarefa que fica a cargo de uma de suas assistentes,
o processo ficou retido para vistas durante 5 anos.
Os outros nove, deve ter mofado na gaveta de algum assessor,
que não teve tempo de encaminhá-lo a outro ministro, todos assoberbados com
viagens, palestras e participação em seminários no Brasil e principalmente no
exterior.
Cacete. Como viajam esses ministros!!!
Sobra pouco tempo para tocar os processos que vão se acumulando,
enchendo salas e porões , mantendo gorda as traças que coabitam o local e se
regalam com a farta papelada.
Jucá, Renan, Lobão, Jader, Aécio, dentre os 42 senadores com
processos no STF, alem dos 250 deputados nessa mesma situação, devem ter
festejado a boa notícia, felizes da vida, pois tudo segue o script, nada mudou
no templo da impunidade.
A ministra até penteou os cabelos, passou um ruge, para fingir de bravinha, mas jogava para a
plateia, pois se quer mesmo que respeitemos o Supremo tem que botar os
ministros folgados para trabalhar, fazer com que cumpram o importante papel
para o qual foram indicados, se bem que uma boa parte, é carente das condições
para exercício do cargo.
A exemplo do que ocorria num antigo programa de TV, “A Porta
da Felicidade”, onde o felizardo
concorria a bons prêmios, o Supremo continua sendo, sem qualquer sombra de
dúvida, “A Porta da Impunidade”, prêmio cobiçado por todos os políticos.
José Roberto- 06/02/18
Infelizmente o Brasil não tem uma "Corte Suprema". E temos de estar atentos porque pode acontecer de tudo com o processo do Lula. Acreditar que a Constituição e as leis existentes serão seguidas é o mesmo que acreditar em Papai Noel.
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