O ANO QUE NÃO TERMINA
No último texto deste ano, com um alívio ilusório, penso que
finalmente o ano da “graça” de 2016 está chegando ao fim.
Realmente uma doce e enganosa ilusão, pois esse trágico ano
terminará apenas no calendário, enquanto suas danosas conseqüências se arrastarão
por muitos e muitos anos.
O Brasil foi levado a lona por mais de uma década de
roubalheira e desatinos, por uma administração criminosa que inflou a máquina pública
estimulando sua voracidade por verbas crescentes, facilitando desvios de
conduta e a corrupção que atingiu níveis “nunca antes constatados na história
desse país”.
Nossos filhos e netos sofrerão as consequencias de nossa
irresponsabilidade, pois foi nossa geração que permitiu que esses canalhas fossem
guindados ao poder, onde assentados, orquestraram planos mirabolantes de perenização.
Desfazer os “maus feitos” será uma árdua tarefa, que
felizmente já teve início através de um lampejo de sorte surgida num Lava-Jato.
Graças a ombridade e espírito cívico do Grupo de Curitiba, a
pequena chama transformou-se num grande maçarico que começa a chamuscar grandes
empresários e políticos que se julgavam intocáveis.
Nossa claudicante justiça, inalmente dá mostras que é igual para todos,
todavia enfrenta resistência oculta e sorrateira de um Congresso corrompido,
alem de um Supremo nada confiável.
Esse difícil cenário será ainda mais agravado com as revelações
bombásticas dos 77 da Odebrecht, sobrecarregando o STF que já é lento e trôpego
pela “própria natureza”.
Assim 2017 bate em nossas portas como um ano de apreensões e
dificuldades, com aumento de impostos, principalmente nos estados quebrados
como Rio, Minas e Rio Grande do Sul, penalizando ainda mais o povo, já
pressionado pela inflação e desemprego.
Todavia, não quero terminar o ano apenas como um arauto de más
notícias ou de previsões desastrosas.
Apesar das lambadas e cacetadas que sofremos ao longo desses
últimos anos, não podemos perder a fé e a esperança.
O país começa a levantar de seu “berço esplêndido”, tentando
sacudir a poeira e dar a volta por cima.
Como já disse será uma longa e difícil jornada.
Não podemos esmorecer, temos que exigir que os Três Poderes comecem
a cumprir com suas finalidades, olhando para o povo ao invés de olhar para os próprios
umbigos.
Toda grande jornada começa com o primeiro passo.
O primeiro passo já foi dado, temos apenas que ir seguindo
em frente, com firmeza e persistência.
A todos meus queridos amigos e paciente leitores um forte
abraço.
Que apesar dos pesares, 2017 nos traga o alento necessário
para tocarmos nossa vida em frente, cuidando e amando nossos filhos e netos,
nossas esposas e companheiras e que a saúde e a alegria nos acompanhe em nossa
caminhada.
Que venha 2017!!!
José Roberto- 28/12/16
Feliz ano novo meu caro, que 2017 seja um ano melhor para todos!!!
ResponderExcluirApesar de minha incredulidade nisto...