CONTROLE DE QUALIDADE
A criação dos genéricos e a luta pela quebra de patentes ,
de José Serra contra os grandes laboratórios, foi sem dúvida um marco na
industria farmacêutica brasileira e no barateamento dos remédios,
principalmente nos de uso contínuo.
Sempre acreditei que a tarja de “Genérico” estampada na
caixa dos medicamentos era sinônimo de qualidade, garantindo sua eficácia da
mesma forma que o produto original.
Todavia muitos brasileiros desconfiados dos controles e
inspeções da ANS, jamais confiaram totalmente nos genéricos, a exemplo de minha
mulher, que em alguns casos, não abre mão do original, mesmo pagando mais caro.
Eu pelo contrário, sempre que possível opto pelo genérico,
no geral sempre mais barato, se bem que os grandes laboratórios baixaram
sensivelmente os preços de determinados
produtos, para frear a concorrência, chegando ao cúmulo do genérico custar mais
caro que o original.
Cito como exemplo, o caso da Azitromicina, antibiótico
moderno de ampla abrangência.
Vale a pena comparar o preço do genérico com o original,
pois já paguei mais caro pelo substituto.
Precisamos também estar “ligados” ao comprar um genérico,
pois via de regra, balconistas inescrupulosos querem nos empurrar os
“Similares”, remédios produzidos por pequenos laboratórios, alguns de fundo do
quintal, que rendem bônus aos vendedores e são de qualidade bastante duvidosa.
Esses são alguns aspectos para os quais devemos estar
atentos, alem de outros, a exemplo do que menciono a seguir:
Recentemente, comprei pela Internet, na Ultrafarma, uma
oferta de vitamina E-400, pague 2 e leve 3.
Essas vitaminas eram fabricadas pelo Laboratório Teuto, que
por sinal, foi comprado pela multinacional Pfizer.
Recebendo os medicamentos, três embalagens com 30
comprimidos, por comodidade, resolvi juntá-los num recipiente maior.
Ao abrir a primeira, tive a impressão que faltavam alguns,
resolvendo contá-los um a um.
Surpresa!
Em cada embalagem havia apenas 22 comprimidos, faltando 8,
24 no total.
Falha gritante no controle de qualidade daquele lote de
remédios.
Ainda que bem que sou um caipira meio desconfiado, senão
teria tomado direto na tarraqueta.
Liguei de imediato ao SAC da Ultrafarma, que se prontificou
de me contatar em 48 horas para resolver o problema.
Foram extremamente corretos, acertando com os Correios para
apanhar em minha residência o produto incompleto, enviando outras 3 embalagens
que supostamente, deveriam conter as 30 unidades, para resolver definitivamente
o problema.
Fiz novamente a conferência, ao transferir os comprimidos
para o recipiente maior.
Nas duas primeiras, tudo ok, 30 em cada.
Na terceira, para minha surpresa, 32 comprimidos.
Não acertaram nem na troca, mas como dessa vez não fui
prejudicado, contatei a Ultrafarma apenas para confirmar o recebimento e deixar
claro que a Teuto/Pfizer tem um sério problema de controle de qualidade.
Falha semelhante deve ocorrer também com outras empresas
farmacêuticas, pois meu filho me disse, que certa vez, recebeu uma cartela
metálica onde alguns locais que deveriam conter os comprimidos, embora
lacrados, estavam vazios.
Pena que não tenha falado com o pai na ocasião, que daria um
jeito de corrigir a falha, talvez até com um “lucrinho”.
Recomendo aos meus minguados leitores, que dêem uma de
chato, examinem e confiram as quantidades dos comprimidos adquiridos, pois alem
dos preços abusivos dos medicamentos, poderemos estar passando por otários,
comprando três por meia dúzia.
Talvez possam pensar que seja picuinha de velho, de quem não
tem o que fazer, porem, nesse mundo de espertalhões, temos que estar sempre de
olhos bem abertos, pois tem sempre alguém querendo nos passar uma rasteira.
José Roberto- 28/07/15
Hoje, até o melão você consegue trocar. Pois é, prefiro sempre comprar o melão REI, da Itaueira agropecuária. Ele vem com o número de rastreamento e data da colheita, com validade de 40 dias. Se o consumidor encontrar algum problema, neste período, é só contatá-los que eles fazem a troca. Já fiz a troca de diversos produtos, para isso as empresas colocam o atendimento ao consumidor. Temos de usá-los quando encontramos problemas nos produtos. É o nosso direito do consumidor, estipulado pelo "Código de Defesa do Consumidor".
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