RETORNANDO A ATIVA
“Chego, que festa
infinita.
Como eles me querem
bem.
Até a pobre da Nhá
Rita, com seu vestido de chita,
Corre abraçar-me
também”...
Aproprio-me novamente de um verso de Paulo Setúbal para
informar aos amigos que estou de volta ao “terreiro”.
Posso garantir que embora não tenha havido festa, fui
bastante festejado por meu filho, que ficou de plantão no solar Rosas Ferraz, e
muito especialmente pelo fiel e querido Vick, que fez de tudo para demonstrar
seu carinho e saudade.
É também obvio, que meus velhos e fiéis amigos aguardam
noticias, pois minha filhota Maria Silvia, sem dúvida alguma, é o xodó de todos
eles.
A viagem foi boa e o prognóstico, se não foi o desejado,
também não arrefeceu nossas esperanças, pois as pesquisas continuam firmes.
Mais dias, menos dias, algum cientista será iluminado pelo
Espírito Santo e encontrará o “fio da meada”, que permitira a cura, ou ao menos
o alívio dessa terrível doença que é a Distrofia Muscular.
Parece que irá se tornar um hábito, pois pelo segundo ano
consecutivo, na chegada em Miami, ao passar o passaporte de Maria Silvia no
leitor ótico, o oficial da alfândega americana nos olha com espanto,
encaminhando-nos para a sala dos que necessitam averiguações(os ilegais).
Sensação terrível de impotência, pois nessa sala, alem de
sentar de costas para os atendentes da aduana, não admitem conversas, nem mesmo
explicações e comprovação da consulta marcada, que se repete desde há muitos
anos.
A situação talvez tenha ficado mais tensa, pois chegamos na
manhã posterior ao atentado de Boston.
Maria Silvia deve ter alguma homônima traficante ou coisa
pior, talvez até disfarçada em cadeirante.
Depois de mais de duas torturantes horas de espera,
finalmente fomos liberados.
Esses caras devem ser uns topeiras, pois pela filiação
constante no passaporte, qualquer semelhança cairia por terra, pois seria
praticamente impossível que o nome dos pais também fossem homônimos.
Fomos acompanhados nessa viagem por minha caçula Fernanda e
seu ótimo e exemplar marido, Bruno(sogro puxa-saco), que tiraram umas férias,
aproveitando nossa companhia, para fazer o enxoval da minha neta Letícia,
prevista para chegar com pompa e circunstância, no inicio de agosto.
Foram ótimos dias, de tempo bom e um calorzinho gostoso,
dando até para pegar uma cor.
Apesar de tudo, depois de uma semana começo a sentir uma
falta danada da minha casa, do meu canto, da minha rotina.
Sou mesmo um velho caipira, que apesar de a muito custo ter
refinado alguns hábitos, curtindo um bom vinho, uma dose de scotch e
especialmente um bom charuto(voltei carregado), jamais perdi a essência de
matuto, daquele caboclo que apenas se sente totalmente a vontade, em seu
cantinho.
Cheguei pronto e disposto para ir “tocando o barco” e
ansioso para falar mal desse governo de merda.
José Roberto- 29/04/13
Welcome!
ResponderExcluirLuizinho.
É bom tê-lo de volta.
ResponderExcluirSeja bem vindo e não perdoe, mande brasa.
Ótimo que está de volta. Bate até saudade dos seus textos. Estamos aguardando novas cacetadas no desgoverno e outras coisas mais. Estive em Miami o ano passado e o atendimento na chegada piorou. Quase que perco um voo de conexão, tendo em vista a demora na liberação dos passaportes. Mesmo com diversos brasileiros na fila, os atendentes foram fechando suas "cabines" na maior "cara de pau", batendo em retirada. Lá é muito bom, no entanto, o melhor da viagem é a volta.
ResponderExcluirVanderlei
Aí Betão,
ResponderExcluirUma alegria enorme viajar com vcs.
Vamos repetir mais vezes.
Bjs,
Bruno