OS ORGULHOSOS
Abro o jornal nessa segunda-feira, um dia especial,
aniversário da minha querida Rê, véspera de outro dia muito especial, dos
namorados, e com espanto, leio a noticia de que talvez, o publico esperado 4
milhões de pessoas na grande parada gay de São Paulo não tenha sido atingido.
Independente do número, que deve passar dos 3 milhões, o
desfile foi um sucesso, com a presença de gays e simpatizantes de todo o mundo.
É obvio, que a maioria absoluta era de brasileiros, que
aproveitam essas datas festivas para “sair do armário e soltar a franga”.
Mesmo sob a garoa paulistana, a turma do GLBT compareceu em
massa, de peito aberto, sem lenços e documentos, prontos para demonstrar o
orgulho de sua opção sexual.
Quero deixar bem claro que não sou homofóbico, respeitando a
opção sexual de cada um, tendo inclusive alguns amigos que militam nessa causa,
um deles por sinal, flagrado em uma foto, agarrado a um “taludo” marinheiro.
Num país livre e democrático, cada um tem a prerrogativa de
ser e agir conforme sua consciência, desde que respeite a lei e o direito de
terceiros.
O que impressiona é esse pretenso orgulho por uma opção
sexual, capaz de juntar milhões numa convocação, ao contrário de uma
manifestação cívica, por moralidade política ou contra a corrupção desenfreada
que nos aflige, que mal consegue juntar mil pessoas, se tanto.
Fica a impressão, que o sentimento maior de patriotismo é
relegado a um segundo plano, em detrimento a uma opção pessoal, que deveria ser
íntima e reservada.
Ontem, li a declaração de um chefão gay da Dinamarca,
afirmando que eles não querem se diferentes, mas iguais a maioria, pois são
pessoas comuns como as demais.
Quanto ao fato de serem pessoas comuns não há qualquer
dúvida, porem suas preferências sexuais não são iguais a da maioria, ao menos
aqui no Brasil, pois acredito que a turma “espada” ainda predomina, mesmo
considerando o aumento da população GBLT, que nos últimos anos vem crescendo de
forma “nunca visto antes na história desse país”.
Pode ser que na Dinamarca a situação esteja até empatada, ou
com pequena vantagem para um dos lados, mas continuo botando fé, que por nossas
bandas, a maioria de Joãos continuam Joãos, idem para as Marias.
Quem é do interior, sabe perfeitamente que antigamente, os
gays eram discriminados, perseguidos, espezinhados, a ponto de apenas alguns
poucos ter a coragem de assumir essa condição publicamente.
A maioria eram enrustidos, que sofriam calados por não poder
seguir e manifestar suas preferências.
Com a modernização, a evolução dos costumes e da moral, aliado as punições legais contra os machões
homofóbicos covardes, a sociedade passou a aceitar e respeitar a opção de
sexual de cada um, bem como o direito de manifestá-la publicamente,
Temos que aceitar cada pessoa como ela se apresenta, porem
considero essas paradas de orgulho gay um tanto exageradas, pois deveríamos ter
orgulho de algo que realizamos, de nossas vitórias, quer na vida privada quanto
profissional e não exacerbar um aspecto íntimo de nossa individualidade.
Não tenho nenhum orgulho especial de ser homem, espada.
Nasci assim e vou morrer assim.
Macho até o fim!
José Roberto- 11/06/12
Zé
ResponderExcluirEu desconfio de quem quer dar essa de machão.
Vai ver que você queria estar de abraços com seu amigo na parada gay.
Fale a verdade e deixe de embromação.
Também acho que a turma GLBT exagera com essa história de orgulho gay.
ResponderExcluirÉ muito melhor que cada um fique quieto na sua, pois devemo realmente nos orgulhar de nossos atos e realizações, e não da nossa condição sexual.
Cada um escolhe a sua e toque a vida, sem alarde.
Estou muito agradecida pela quantidade de palavras que meu maridão dedicou amim neste texto. Estou comovida.
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