O PERIGO RONDA A CPMI DO INSS

 

O PERIGO RONDA A CPMI DO INSS

 

Quando a oposição, com uma estratégia rápida e ousada, conseguiu destituir o Presidente e o Relator, cargos chaves que norteiam o andamento da CPMI, soltamos foguetes, pois livre de dois trambiqueiros notórios, sentimos que essa Comissão era para valer, que provavelmente atingiria seus objetivos, desnudando e punindo os culpados pelos desvios das aposentadorias dos velhinhos.

Quando se lida com pessoas desonestas, todo cuidado é pouco, pois Mula, o maior ladrão de nossa história, é manhoso, contando com uma retaguarda de cérebros do mal, os verdadeiros idealizadores dos planos sinistros que resultaram na bilionária roubalheira e que de imediato, sentindo a perda de comando da CPMI, tentaram uma nova jogada.

Rapidamente, antes mesmo do início dos trabalhos da Comissão, o Pinguço começou a liberar verbas secretas para deputados e senadores, destinando os maiores nacos ao novo Presidente, Carlos Viana e ao Relator Alfredo Gaspar, um total de 200 milhões em emendas; 114 milhões pagas de imediato e 90 empenhadas, obviamente para não apostar todas suas fichas numa só tacada, reservando um saldo para o ajuste de contas.

Nitidamente, essa liberação acelerada de recursos é uma tentativa descarada de chantagem, o toma lá, dá cá, pois como o governo é corrupto e também grande parte do Congresso, utilizam esse objeto de cobiça como instrumento para cooptar a direção da CPMI, intentando guiná-la para a esquerda maldita.

Apesar da artimanha já ter sido revelada e chegada ao conhecimento público, não podemos prejulgar a idoneidade dos dirigentes da Comissão, entretanto, correu a notícia de um acordo velado e verbal entre as partes, ficando acertado que o tal Frei Chico do caralho, irmão do Nove Dedos, não seria arrolado no rebosteio geral, noticia que também foi desmentida por membros da CPMI.

Levando-se em conta esse jogo de interesses, e outras forçadas de barra que podem partir do próprio governo, ou de quem realmente manda, o STF, que já ensaiou uma primeira providência diversionista, através do Ministro Gilmar Beiço de Bagre, determinando a COAF, que somente libere solicitações de movimentação financeira, de ora em diante, após autorização judicial expressa.

Um entrave nitidamente planejado para dificultar os trabalhos da Comissão, que obviamente, para chegar aos verdadeiros culpados por um dos maiores escândalos de nossa história, deverá “seguir o caminho do dinheiro”, necessitando naturalmente de acesso aos dados sigilosos da Coaf.

Ficamos na torcida para que os membros da CPMI não se verguem as tentações pecuniárias, nem a eventuais pressões do STF e de outro órgão qualquer, pois essa é uma das raras Comissões que até mesmo os pobres e iletrados, tem interesse que chegue a um final satisfatório.

Fora Mula!

 

José Roberto- 28/08/25