TURBINANDO
AS EMENDAS PIX
Que a grande
maioria de nossos congressistas “não valem o que o gato enterra”, não é
novidade. Tirando uns “gatos pingados”, os componentes da nossa grande Casa da
Mãe Joana, são basicamente os mesmos, pais, filhos, netos, sobrinhos e
parentes, que se sucedem, originários da mesma árvore bichada que não dá bons
frutos, DNA fortíssimo, impregnado de corrupção e safadeza.
Temos nossa
parcela de culpa pela “eterna” manutenção desse vergonhoso “status quo”, pois
elegemos esses pilantras, que contam com um sistema político controlado pelos
donos dos partidos e com um sistema eleitoral não confiável, prevalecendo os
interesses escusos, apoiados por juízes inescrupulosos que também fazem parte
do esquema.
Um
verdadeiro “balaio de gatos”, onde os poucos honestos que conseguem furar o
esquema, mesmo esperneando, pouco ou quase nada fazem, pois a blindagem do
sistema implantado garante a gatunagem, reforçada com as posições solidárias do
Presidente da Câmara e do Senado, personagens manjadas que jogam a favor do
time que está sempre ganhando, enchendo os bolsos e as cuecas com dinheiro
público.
Aos parcos
leitores, saltam aos olhos que estou usando e abusando das referências aos “gatos”,
que com diferentes conotações tem vários sentidos, na maioria das vezes
pejorativos, pois no linguajar popular, a palavra gato está associada a desvio,
roubo, corrupção, safadeza, etc.
Como a mente
dos corruptos e altamente criativa, principalmente ao inovar formas de desviar
dinheiro público, tentando legalizar os trambiques com ar de normalidade, criaram
em 2019, através de um projeto de lei aprovado no Congresso, uma tal de “Emenda
do Relator”, vulgarmente conhecida como Orçamento Secreto, bilhões reservados
no orçamento anual, a serem encaminhados diretamente aos governos e municípios,
sem identificar o autor da emenda e onde a grana seria aplicada.
O STF
considerou essa aberração inconstitucional, sendo feito uma ajuste em 2019,
apenas mudando o nome para Emendas Pix, e com o conhecimento do deputado ou
senador responsável pela destinação da grana, continuando todavia, sem
explicitar onde e em que obra o valor seria aplicado.
Foram
mantidas as costumeiras aberturas para os desvios, pois ficou evidente, que os parlamentares
gastam suas cotas individuais, destinando recursos para municípios governados
por seus parentes, que os torram como desejarem, ficando difícil ao TCU
controlar e efetividade desses gastos.
Com Mula, o
maior ladrão de nosso história”, tropicando na língua e disparando asneiras,
passando maus bocados, sob pressão e
para agradar os partidos que em teoria lhe dão apoio, antes da data fatal, último
dia do ano com eleições, para liberação de emendas, 06/07/24, atendendo os
gananciosos, o Manguaceiro liberou 4,25 bilhões, num só dia, pouco antes da
data limite, grana suficiente para garantir aos prefeitos em exercício, principalmente
no nordeste, vantagens na corrida para reeleição ou mesmo para seus indicados.
Essa
liberação de uma montanha de dinheiro público, no limite do limite legal, é na
pratica um violação da Legislação Eleitoral, além de contrariar as normas do
TCU, que exige transparência no uso das verbas públicas, que não será o caso.
Com o Rio
Grande do Sul necessitando com urgência de verbas, e não de empréstimos como
tem acenado o governo, essa dinheirama poderia ser aplicada em obras de
reconstrução nas cidades mais castigadas pela enchentes, todavia,
mesquinhamente, será utilizada na construção de estádios, fontes luminosas,
quadras esportivas, asfaltamento de estradas vicinais próxima as fazendas de
parentes, como já é tradição, nas terras dos coronéis nordestinos.
É uma
vergonha!
Fora Mula!
José
Roberto- 09/07/24
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