MUDANÇA DE
HÁBITOS
Eu, como
todo brasileiro “corajoso, peitudo e
metido a besta”, presenciando o que vem acontecendo em nosso país, onde se um
sujeito peidar perto de uma autoridade, principalmente dos maiorais do STF, vai
preso, ficando incomunicável sem acesso aos advogados e a família, a exemplo do
que aconteceu com os pobres retardatários do desastroso 08 de janeiro, que nem
sequer chegaram perto dos prédios dos Três Poderes, mas como presa fácil, foram
arrestados pela Policia Federal, estando presos e incomunicáveis até hoje, sem
qualquer prova concreta que os liguem aos atos de vandalismos perpetrados
contra o patrimônio público; mesmo com todo meu estoicismo, conhecimentos sociológicos,
psicológicos, sociais, econômicos e políticos, sou obrigado a cair na real,
enfiar a viola no saco, passando a entoar melodias suaves, que não agridam os
delicados ouvidos de nossas doutas autoridades.
Preambulo de
um só parágrafo, imenso, para informar com desconforto uma mudança radical(ou
não?) de hábitos, conforme já havia dado a entender em textos anteriores, pós
eleição e pós essas prisões sem cumprir o ritual estabelecido em nossas leis.
Conheço
perfeitamente minhas manias, o gosto pela rotina diária, meus vícios(raros) e
minhas virtudes(muitas), mas o grande problema e conter a resiliência de minha “língua”,
que “fala” diretamente com os dedos, que tocam no teclado obedecendo cegamente aos
comandos inconsequentes, que podem gerar textos inconvenientes e problemáticos.
Conter a
movimentação independente e radical de minha língua é uma tarefa difícil, uma
mudança de um velho e arraigado hábito, aperfeiçoado ao longo de minha
existência, repleto de manhas, artifícios, esquemas intrigantes e instigantes, resultando
numa linguagem ferina, difícil de ser moderada, somente contida com muito
esforço, na presença de Dona Regina.
Meus velhos amigos
e mesmo os mais recentes, que conhecem minhas posições e minha franqueza
excessiva, poderão pensar que o velho Zé está arregando, ao sabor das ondas, acompanhando a maré ao invés de continuar
lutando contra a correnteza, talvez cansado de lutas quixotescas contra moinhos
de vento.
Tentando
desfazer qualquer mal-entendido, declaro, a quem interessar possa, que simplesmente
estou tentando me adaptar aos novos tempos, cujos cenários são bastantes desfavoráveis
ao país, o gigante adormecido que tentou despertar, mas tende a retornar novamente
ao berço esplêndido.
Encerro
mordendo a língua, que ainda não foi totalmente amestrada.
José
Roberto- 08/02/23
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