SANTA DULCE, ORA PRO NOBIS
Embora não conheça de perto suas obras assistenciais, já
tinha ouvido muitas referencias elogiosas sobre a Irmã Dulce, pois de 1979 a
1982 visitei Salvador ao menos uma vez por mês, tendo em vista um projeto que desenvolvíamos
junto a Coelba, coordenado pelo meu grande e inesquecível amigo Norberto
Caproni.
Interessante que a primeira Santa brasileira tenha nascido
na Bahia, “Terra de Todos os Santos”, talvez para cumprir a profecia embutida
no nome da famosa baia, e também para provar que alem de notórios políticos,
Deus plantou no chão baiano uma Santa para equilibrar a situação e justificar o
misticismo que se estende por todo o estado.
Aproveitando o sagrado evento, alguns de nossos espertos políticos
aproveitaram para ir ao Vaticano assistir(e dar uma esticadinha pela Europa) a
canonização de Santa Dulce dos Pobres, fingindo com ares contritos uma
religiosidade que não possuem, pois ao contrário da Santa que só pensava nos
pobres, os safados só pensam em si próprios.
Um boa leva viajando com nossa grana; 10 senadores
encabeçados pelo obeso Davi Alcolumbre e 12 deputados, capitaneados pelo
porquinho da índia papo de peru Rodrigo Maia, que só frequentam igrejas e
templos religiosos às vésperas das eleições na tentativa de ludibriar fieis e
conseguir alguns votos.
Fiquei emocionado ao ver junto ao impoluto grupo, nosso
grande ministro e presidente do STF, Dias Toffoli o incompetente sacatrapo, com
cara de coroinha que bebeu vinho escondido na sacristia, fingindo que
acompanhava o sagrado cerimonial.
Ainda bem que para contrabalancear essa leva de “coisa ruim”,
milhares de verdadeiros devotos compareceram ao pátio da Basílica de São Pedro,
para orar e se emocionar com ratificação de uma realidade, pois Irma Dulce já
era Santa para os católicos brasileiros.
Se as vezes ficamos em dúvida se “Deus é brasileiro”, não
temos essa dúvida com relação a Santa
Dulce dos Pobres, legítima expoente de nossa fé cristã, que consagrada em sua
plenitude terá muito trabalho para fazer com que o Brasil entre nos trilhos da
honradez e do progresso.
Santa Dulce do Pobres, da qual ainda conhecemos poucos
milagres, rezamos que seja pródiga em novas realizações, pois nossos pobres e
desassistidos precisam de cálida de piedosa esperança.
Santa Dulce, “ora pro nobis”, pois precisamos muito.
José Roberto- 14/10/19
O Brasil, sem sombra de duvidas, precisa muito da Santa Dulce. segue meu comentário publicado no Estadão de hoje: "Os “voos da alegria” são e ainda serão realizados por muito tempo pela classe política brasileira, que nunca se envergonha verdadeiramente com nada. A caravana que se dirigiu a Roma para a canonização da primeira santa brasileira é um tapa na cara dos brasileiros de bem. O País está falido e os políticos dos principais partidos, da situação e da oposição, usam e abusam da paciência do povo, gastando em convescotes o dinheiro arrecadado dos nossos impostos. Santa Dulce, com toda a certeza, não aprovaria tal atitude desses políticos e, com toda a certeza também, ficaria muito grata se, em vez de eles terem ido a Roma, tivessem doado parcela do que gastaram nessa escandalosa farra com o erário para obras de caridade e assistência aos pobres."
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