TITE, O SALVADOR DA PÁTRIA
Estamos mesmo lascados.
Mariele, que Deus a tenha e que seus assassinos sejam
exemplarmente punidos, já virou nome de praça, auditório, recebendo mais
homenagens que Irmã Dulce e Madre Tereza, só falta o PSOL solicitar ao Papa sua
beatificação.
Num país onde a corrupção é endêmica e pululante, onde os
poderes funcionam mal e porcamente, o povo precisa de esperança e de líderes,
alguns escolhidos ao acaso e por força de circunstancias momentâneas, que
mascaram e confundem ficção, boas intenções, com realidade.
Ontem em horário nobre, descobrimos que temos um novo
filosofo e pensador, disfarçado de treinador de futebol, atualmente a frente do
“poderoso” escrete nacional, Tite.
Em longos dois minutos, Tite com cara enfezada e até aos
gritos, derrubou mais de uma dezena de frases realçando suas técnicas de
motivação, que segundo ele, restabelecerão o orgulho de nossa seleção,
pisoteada pelos germânicos no dramático 7 a 1 que nenhum brasileiro gosta de
lembrar.
“Estamos no caminho
certo; treinamos duro e fizemos por merecer; juntos chegaremos ao topo ou coisa
parecida e outras basófias semelhantes”.
Tite, um bom treinador, esperto e de fala macia já havia caído
no gosto da mídia, e com sorte, classificou de forma incisiva o Brasil para a
próxima Copa do Mundo na Rússia.
Algumas empresas já haviam convidado Tite para proferir
palestras motivadoras a seu corpo gerencial, talvez considerando que como
conseguiu sucesso com jogadores semi-analfabetos, por tabela, pudesse melhorar
a performance de seus gerentes, explicando como fintar o adversário, como
evitar a retranca e contra-ataques do concorrente, até mesmo a celebre “fiz que
fui, mas não fui e acabei fondo”.
Paulo Cezar Caju já tinha nos alertado sobre essa conversa
fiada do treinador, que de momento todos julgam o máximo, em sua ótima crônica de
16/03, publicada em O Globo. Paulo Cezar é bom, escreve bem sofre futebol,
política e outras temas, valendo a pena acompanhar seus escritos.
Pedindo licença, vou replicar seu ultimo texto hoje, na
minha página do Facebook.
Tite tem que aproveitar a fama momentânea, pois daqui a
algumas semanas, mesmo antes do mundial, a situação poderá ser outra. Basta
fazer feio com a Rússia e passar outro vexame com a Alemanha, próximos amistosos
de nossa seleção.
Se der chabú, sentira na pele que seus quinze minutos de
fama já eram, que amor e ódio são sentimentos muito próximos.
Contudo, se passar no teste e de quebra ganharmos a Copa, já
teremos nosso candidato a salvador da pátria, quem sabe até mesmo para as próximas
eleições de outubro.
Até lá, vamos repetindo e decorando as máximas do nosso novo
grande filósofo e pensador.
José Roberto- 20/03/18
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