LEGISLANDO EM CAUSA PRÓPRIA
Quando alguém se candidata a um cargo público, a Polícia
Federal, ao Banco do Brasil, ao Magistério, a Juiz, Promotor e assemelhados, a
pessoa sabe por antecipação, que poderá ser alocada em qualquer cidade do
estado, ou se cargo federal, em qualquer recanto do nosso imenso país.
Como são cargos concorridos pelas vantagens que oferecem,
mas principalmente pela estabilidade, alem de ótimos salários(com exceção do
magistério, que infelizmente continua sub valorizado), o postulante tem que
estudar bastante, pois há muita gente no páreo.
Todavia em alguma carreiras, principalmente as ligadas a
área da justiça, após ingressar merecidamente na profissão(na maioria dos
casos, exceto aberrações como o quinto constitucional, e indicações políticas
para tribunais superiores e de contas), o sujeito passa a se considerar uma
sumidade, alguém com mais direitos, esquecendo que nada mais é que um servidor
público.
Mesmo com um belo salário recorrem a expedientes mesquinhos
e irregulares, pleiteando junto a seus colegas da justiça, auxílio moradia,
auxilio alimentação, auxilio creche, auxílio educação e todo tipo inimaginável de
penduricalhos.
Numa troca-troca de favores e liminares, juízes passam a
usufruir de vantagens absurdas, não factíveis a outros cargos públicos, nem
mesmo ao professores, que em tese, seriam os mais habilitados a receber tais
auxílios.
Posteriormente, essas vantagens passam a beneficiar
promotores, procuradores, que recebem altas quantias alem do elevado salário,
com dois sérios agravantes, pois alem de ultrapassar o teto constitucional os
penduricalhos são isentos de imposto de renda.
Como é concebível que um juiz que more na mesma cidade onde
trabalha, tendo habitação própria, receba R$ 4.377,00 limpinhos, enquanto o
teto máximo de aposentadoria do INSS, para alguém que trabalhou 35/40 anos
recolhendo a contribuição, é pouco mais de R$ 5.000,00, sujeito a diversos
descontos, inclusive imposto de renda?
Existem no judiciário outras aberrações que permanecem
enrustidas, mantidas judicialmente pelo poderoso espírito de corpo da classe,
como no caso de juízes residentes em Brasília que dão expediente nos tribunais
superiores, que alem de todos os penduricalhos citados, recebem ainda diárias.
É o fim da picada!!!
A grande maioria das pessoas lúcidas e razoavelmente
alfabetizadas, que acompanham os ventos promissores do Lava-Jato, ficaram tremendamente
desapontadas quando souberam que os dois juízes expoentes dessa grande faxina,
Sérgio Moro e Marcelo Bretas, pleitearam com seus colegas o auxilio moradia obtendo a mamata, Bretas inclusive em dobro, para ele e a mulher, casados,
morando no mesmo apartamento.
Essas sacanagens revoltam a população, que indignada com
propostas de contenção de despesas, ameaça de mudanças na aposentadorias, exige
em primeiro lugar, a eliminação desses privilégios irregulares e
inescrupulosos.
Suas excelências, diante da ameaça efetiva da supressão
dessas mordomias irregulares, ameaçam uma greve de advertência no próximo dia
15.
Será que esses juízes não tem vergonha na cara?
Era só o que faltava, uma classe que tem mais de 3 meses de
férias por ano, alem de incontáveis recessos, ameaçar fazer greve, por perda de
benefícios intempestivos, imorais e irregulares.
José Roberto- 02/03/18
Parabéns Gimael, colocações e argumentação perfeitas. É muita diferença de tratamento, principalmente quando se compara com uma profissão tão nobre como os professores.
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