AQUI, OS FORTES GEMEM
Li essa brilhante frase no
banheiro de um bar, nos meus tempos de adolescente.
Estava acompanhada de outras,
também interessantes, das quais jamais me esqueci.
Aproveito o ensejo para
transcrever duas bastante pitorescas:
“Não limpe o cu com a Gazeta,
senão Pelé entra com bola e tudo”(para aqueles que ainda lembram da saudosa
Gazeta Esportiva);
“Pedro Álvares Cabral que vá pra
puta que pariu, pois foi ele quem trouxe a gonorréia pro Brasil”(velhos tempos
em que essa doença venérea era das mais perigosas).
As portas dos banheiros
sempre foram um mural, onde poetas bissextos e recalcados deixavam seus recados
e mensagens.
Durante minhas idas e vindas
a São Paulo, tive oportunidade de ler coisas interessantíssimas nos banheiros
de Congonhas, mencionando tendências sexuais de funcionários, fornecendo
aptidões e telefones de vendedoras das lojas, um legítimo “Quem é Quem”dos
freqüentadores locais.
Não me entendam mal.
Como sou um homem prevenido,
antes de partir para os compromissos, sempre visito essas “casinhas” para me
garantir.
Participar de uma reunião com
dor nas tripas é dose.
Prevenir e sempre melhor que
remediar!
Bem, mas a questão é outra.
Ontem foi o dia fatídico,
adiado há mais de dois anos.
Finalmente tomei coragem e
fui visitar o urologista.
Porque será que todos
urologistas/proctologistas são parecidos, sempre com um sorriso estampado no
rosto e uma frase gaiata na ponta da língua?
Tentam parecer descontraídos
e simpáticos, ao contrário das pobres vitimas, que cabisbaixas e envergonhadas
entregam-se ao estupro dedal.
Cheguei amofinado, levando o
PSA que estava bem baixinho e a Ultra-Sonografia da próstata, que embora um
pouco aumentada, normal para a idade, aparentava estar em perfeita ordem.
Sempre sorridente, o turco,
deitou-me na mesa de suplícios, na posição conhecida pelas mulheres, mais
habituadas a esses terríveis exames de rotina.
Convém lembrar que sou fiel e
recatado, entregando meu fiofó aos cuidados de uma única família. O turco
atual, é filho e herdeiro(ou será merdeiro?) do médico responsável pela
primeira e inesquecível invasão de minhas partes baixas.
Fechei os olhos e aguardei.
Tinha esquecido que doía
tanto!
Ou meu fiofó encolheu, ou o
maldito dedo do turco cresceu.
Não tirem conclusões
precipitadas, pois mesmo sofrendo horrores, olhava de canto, para ter certeza
de que era mesmo o dedo.
O turco futucava, comentando
que a elasticidade estava boa, não havia nódulos, etecetera e tal.
Foram segundos que mais
parecerem séculos.
Vesti a calça, paguei e saí
claudicando, sem olhar para trás.
Remoendo minha dor e
humilhação, pensei na velha frase, pois naquela mesa realmente “os fortes
gemem”.
José Roberto- 02/03/11
NOTA: TEXTO RECUPERADO DO
BLOG TERRA OPINIAODOZE.
José Roberto- 09/12/15
Lembrei-me de uma trova oportuna ao assunto:
ResponderExcluir"Neste momento solene,
Onde a vaidade se acaba,
Todo covarde faz força,
Todo valente se caga!"
Luizinho.
Era tao sujo o banheiro que mereceu um poema
ResponderExcluir"Obrigado seu servente
por esse banheiro indecente
em vez da gente cagar nele
ele caga na genta"
Puxe a descarga com força. Há um longo caminho daqui até o congresso!”
ResponderExcluir“Não faça na vida o que você faz aqui dentro!”
“Porque mijas fora se no entanto cagas dentro? Ou tu tens o pau torto ou o c… fora do centro”
“Não adianta cagar cantando, porque a m.. não sai dançando”