CANÇÃO PARA REGINA
“Hoje, vai ter festa lá meu apê”, pois é aniversário da
minha querida Rê.
Portanto, o texto de hoje, com todo meu carinho, é dedicado
a essa grande mulher, mãe, esposa e companheira, que não canso de admirar e
desejar,
Mesmo depois de tantos anos, lembro com detalhes a primeira
vez que a vi.
Fazia muito frio naquela manhã de junho de 1968, em Rio
Claro, quando em virtude da ausência do “grande chefe Dr. Alberto Kuyunjian”,
fui convocado para atender um pessoal de Itanhaém, cidade que a Cesp tinha
escolhido recentemente, para ser sede de mais uma Regional de Distribuição.
Devo ter ficado de queixo caído, com cara de caipira
abestalhado, ao topar com aquela morena queimada, acompanhada do pai, que
buscava informações sobre possíveis vagas na nova regional.
Nada recordo sobre o andamento da conversa e das informações
que prestei, pois a bela caiçara era dona exclusiva de minha atenção e dos meus
pensamentos.
Naquele vestido de malha listrado, com predominância do
verde e amarelo, a caiçara “nacionalista”
era mesmo um “peixão”, na verdadeira acepção da palavra.
Seria um exagero afirmar que foi amor a primeira vista, mas
com certeza, a morena mexeu com meu coração.
Posso afirmar, sem qualquer sombra de dúvida ou pudor, que
foi tesão a primeira vista.
Pela conjunção dos astros ou por obra do destino, no início
de agosto fui transferido para a Regional de Itanhaém, juntando-me a uma equipe
de engenheiros, economistas, administradores e eletrotécnicos, com a exclusiva
finalidade de melhorar e modernizar o sistema elétrico da cidade e da região.
Nossa aproximação foi inevitável, mesmo levando em conta
meus compromisso afetivos anteriores, que foram aos poucos se esmaecendo,
desbancados pela concorrência da bela caiçara, que com jeitinho, foi se instalando
“como uma posseira dentro do meu coração”
Alem da atração mútua, a afinidade de gostos pelos livros,
musica, cinema e diversas outras áreas, contribuíram para solidificar
rapidamente nossa relação, com um amor avassalador e verdadeiro, sedimentado fortemente
todos os demais sentimentos.
Com pouco mais de um ano de namoro, estávamos noivos e
casados.
E já se vão quase quarenta e seis anos longos e maravilhosos
anos.
Anos de tempos bons, épocas difíceis, algumas tempestades,
mas muito mais bonanças, de muito amor, partilhado com família e os filhos.
Como é bom acordar a cada manha, esticar o braço e sentir ao
lado aquele corpo quente e desejável, o porto seguro, a adorável companheira de
toda uma vida.(levantando quietinho para não perturbar o sono da amada)
Mesmo após atravessar todas as estações, transitando agora
pelo outono de nossas vidas, embora mais velho e desgastado, continuo o mesmo,
me sinto ainda o jovem boquiaberto diante daquela inesquecível visão,
apaixonado e seduzido pela bela caiçara.
A minha querida aniversariante, que já tem Rosas no nome,
receba o “mimo” “dessas mal traçadas letras”,
Com amor, do seu
Beto
José Roberto- 11/06/15
Gigi, meu amigo, foi traído pela memória no ano de 1978, citado em seu texto. Com toda certeza foi 1968.
ResponderExcluirDe fato, é um casamento admirável, pródigo e feliz.
Parabéns à "patroa" e companheira Regina, de tantos anos, que certamente ainda serão multos.
Luizinho.
Querido Luizinho.
ExcluirVelho amigo, seus apartes, comentários e opiniões sempre enriquecem e melhoram os meus textos, inclusive o de hoje, tão especial.
Providenciarei a correção.
Abraços
Gigi
Meu amor, lindo esse canto estou de queixo caído, você não é dado a romantismos em suas escritas, só posso agradecer, adorei o presente. l Bjo.Re
ResponderExcluirCaprichou hein, Betão! Gostei!
ResponderExcluirJR
Muito boa à homenagem a sua esposa Regina.
ResponderExcluirQue Deus ilumine a vida da Regina, guiando seus passos, alegrando o seu caminho por toda a vida. Parabéns, felicidade e saúde. Que vocês comemorem bastante!
Vanderlei
Aflorou um romantismo muito bonito, parabens aos dois e ä família, que isto dure. Abraços
ResponderExcluir