SURPRESAS DE FINAL DO ANO
Todo final de ano sinto a mesma angustia.
Basta chegar dezembro para aumentar minha ansiedade,
aguardando a chegada do envelope registrado da Receita Federal, glosando
despesas médicas da minha declaração e tascando uma sonora multa.
“A encomenda” chegou na sexta-feira a tardezinha, um
calhamaço de considerações e um boleto no valor aproximado de R$ 23.400,00, a
ser pago até 30/12/14.
Um “presente” inesperado da nossa laboriosa Receita, pois a
cobrança refere-se a declaração de 2007, cujos esclarecimentos e cópias de
recibos médicos já havia apresentado em dezembro de 2010. Considerava o assunto
encerrado.
Mas a Receita Federal é implacável, principalmente com os
mais velhos que gastam mais com a saúde, sacrificando suas finanças em busca de
médicos e hospitais particulares, tendo em vista a péssima qualidade dos
serviços públicos. Pura questão de sobrevivência.
Os “luminares” da Receita são especialistas em infernizar a
vida do pequeno contribuinte, procurando sugar o máximo do infeliz que errar um
calculo ou juntar um recibo equivocado.
Deixam a impressão que aumentam seus proventos,
proporcionalmente as multas e valores adicionais arrecadados, pois muitos
idosos, temerosos de enfrentar o “monstro” e com medo de represálias, preferem
pagar sem questionar seus direitos.
Essa multa intempestiva ora apresentada, refere-se a
despesas médicas de minha filha caçula, na época com mais de 24 anos, todavia
minha dependente, pois participava em tempo integral de curso de graduação na
Escola de Magistratura do Estado Rio de Janeiro-Emerg, conforme declaração e
recibos de pagamentos apresentados.
Minha filha teve que se submeter a uma cirurgia de
emergência com ótimos resultados, cujas despesas obviamente foram bancadas pelo
pai.
É estranho e revoltante, a Receita Federal não considerar
dependente uma filha solteira, que mesmo com mais de 24 anos continua
estudando, que ainda não trabalha, dependendo financeiramente do pai para
custear todas suas despesas, inclusive laser, quando aceita a união de casais
do mesmo sexo, tanto como dependentes, como para fins previdenciários e
sucessórios:
economia.ig.com.br/.../casais-gays-podem-declarar-parceiros-como-dependentes...
Desde 2011, a Receita Federal permite que casais homossexuais coloquem seus
parceiros como dependentes na
declaração do Imposto de Renda (IR)..”
Nada contra essa liberalidade, que também considero justa, mas acredito
que o direito paterno deveria ser preponderante.
Se a Receita Federal tivesse
esse mesmo zelo para com os políticos,
corruptos e trambiqueiros que manipulam fortunas sujas nas barbas da lei, com
certeza, não necessitaria pressionar os pequenos contribuintes para aumentar a
arrecadação e atingir suas nefandas metas.
Inversão total de valores!!!
José Roberto- 15/12/14
Zé
ResponderExcluirRealmente é o fim da picada.
Casal gay pode, filha não.
Só mesmo nesse nosso país de merda!
Acompanhando os mega desvios da Petrobras, bilhões que circularam por contas e saques imensos na boca do caixa, fico espantando da Receita Federal nada descobrir de anormal.
ResponderExcluirTambém não estranhou que diretores e superintendentes da empresa comprassem apartamentos em Ipanema e Leblon, lanchas, carrões importados, apenas com o salário.
Fecham os olhos e fingem que não querem ver essas cenas de enriquecimento explicito.
Preferem perseguir os velhinhos.
E não é só você. Eu também venho sofrendo na mão da Receita Federal. São três anos apresentando recibos médicos e até do plano de saúde. Tinha uma empresa de consultoria, que depois de multado, fechei e parei de trabalhar para o governo corrupto. A Receita Federal só tem faro para os velhinhos, aposentados, assalariados e todos mais que contam mensalmentes os seus ganhos. Quanto aos políticos, os ladrões, os corruptos e os corruptores eles nem ao menos olham. Deixam passar tudo.
ResponderExcluirLamentável.Também sou vítima deste desagradável convite da receita ate para comprovar despesas de planos de saude.
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