AS LIÇÕES QUE VEM DO MARANHÃO
Recebi dias atrás, um vídeo que mostrava o discurso do
Matusalém Sarney, no dia de sua posse, há uns “quinhentos anos”, quando eleito
pela primeira vez ao governo do estado.
Cabelo e bigode ainda originais, Sarney em seu discurso de
posse, enumerou corretamente todos os graves problemas que afligiam o Maranhão,
prometendo atacá-los de frente, a fim que fossem solucionados a curto e médio
prazo.
No poder, fez exatamente o contrário.
Seguindo a cartilha de Maquiavel, tratou de encastelar seus
parentes e protegidos nos principais cargos, em todos os poderes, executivo,
legislativo e judiciário, para comandar com mão de ferro e a seu bel prazer, os
recursos do estado.
Algumas melhorias insignificantes foram introduzidas a conta
gotas, pois segundo a cartilha, “o bem deve ser ministrado lentamente”, para
engambelar o povo e o deixar ansiando por novas doses de bondade.
E assim foi feito por gerações e gerações, com os filhos do
bode velho, já com os bigodes tingidos e escrevendo livros que ninguém nunca
leu, herdando a carga genética do patriarca e se esmerando em trambicagens
modernas e outras formas avançadas de meter a mão no dinheiro público.
A exemplo de outros títeres fascistas, não descuidou do
culto a personalidade, criando museus,
fundações, bibliotecas exclusivas para suas obras, tudo obviamente custeado com
dinheiro publico.
Cidades, ruas, monumentos, teatros, cinemas, foram batizados
com nome dos familiares, para que o povo não esquecer de seus “benfeitores”.
Nas incontáveis vezes em que foi presidente do Senado,
Sarney, alem de inflar meteóricamente os quadros entidade, concedeu a Agaciel
Maia, o título de “eminência parda”, com amplos poderes, exercidos através de
atos secretos, concedendo cargos e mordomias, ao próprio bode velho e a seus
colegas, comparsas nas maracutaias.
Cabe também mencionar, que como legitimo posseiro, tomou
conta de toda a mídia estadual, impedindo que notícias desabonadoras circulem
em suas rádios, tvs e jornais.
Sempre contou com o beneplácito da rede Globo, pois foi
amigo incondicional do seu fundador e filhos.
Raríssimo ver uma notícia contra os interesses do clã, ser
mencionada no Jornal Nacional, veículo de maior alcance entre os noticiarias
brasileiros.
Exceção para o caso das prisões, péssimas e precárias,
devido ao elevado número de assassinatos ocorridos nos últimos meses, levados a
público por alguma dessas raras Ongs honestas.
Todavia, com relação as prisões, confesso que estou do lado
dos Sarney, no caso Roseana.
Cadeia não pode ser confortável, local de descanso ou
veraneio. Tem mesmo que ser ruim, apertada, sem nenhum conforto, a fim de
desestimular a chegada de novos inquilinos.
Nos casos de super-lotação, poderia até mesmo, no mais puro
estilo da Roma antiga, serem promovidas disputas numa grande arena, talvez
algum estádio da Copa que ficará inativo, de um presídio contra outro.
Os sobreviventes ficariam mais bem instalados, com mais
espaço, nos mesmos presídios,.
Poderão de taxar de obtusa,
desumana e radical essa minha sugestão, argumentando que existem muitos
inocentes em nossas cadeias, principalmente pobres.
Ora, para toda grande intervenção existe um ônus. Uns dez
por cento de inocentes seria uma cota aceitável.
Garanto, que se Dona Roseana ler meu texto, ficará muito
satisfeita, ao menos com essa parte final.
No mais, o Maranhão segue seu triste caminho.
Talvez, agora em 2014, nas eleições, surja algum peitudo,
para proclamar a independência do estado, obrigando os Sarneys e se refugiar no
Amapá.
José Roberto- 15/01/14
A dinastia Sarney alem de espoliar o Maranhão por mais de meio século, se prepara para começar o ataque ao Amapá. O povo desses estados tem que se rebelar, através do voto, contra essa tirania e afronta.
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