FECHEM O SENADO
O Senado brasileiro desligou-se de suas funções
constitucionais, transformando-se num monstro gerador de escândalos e voraz
devorador de verbas públicas.
Tornou-se um refúgio de políticos matreiros, que como
donatários, se serviram de suas magníficas instalações para acoitarem
familiares e agregados.
Não que a Câmara Federal seja melhor, mas é menos pior, um
mal necessário.
Raposas como o marimbondo Sarney, o libidinoso Renan, o
trambiqueiro Jucá, o saco roxo Collor de Mello, o ministro Lobão e seu filho
Edinho Trinta Por Cento, enfim uma lista enorme de parlamentares , tungaram
durante muitos anos o país, nomeando através de atos secretos, filhos, primos,
sobrinhos, namoradas, amantes, teúdas e manteúdas, inclusive domésticas e
manicures para serviços exclusivos.
Déspotas, que transformaram o Senado em seus quintais,
mandando e desmando, usufruindo do bom e do melhor, gozando(com duplo sentido)
as custas do contribuinte.
Agaciel Maia, apadrinhado por Sarney, diretor geral e
“imexível” até o mega escândalo de 2007, foi o artífice dos atos secretos ,
inventando cargos que foram sendo preenchidos ao longo dos anos, pelas
indicações a bel prazer de cada senador.
Difícil encontrar algum que não tenha se beneficiado desse
instrumento torpe, até mesmo aqueles poucos que julgávamos confiáveis.
Na época, Sarney(então presidente), demitiu seu fiel
escudeiro, o ensaboado Agaciel, contratando a FGV para reestruturar o “Monstro”,
alem de demitir uma meia dúzia de apaniguados, numa vã tentativa de engabelar
os trouxas.
Passados alguns anos, com os escândalos se multiplicando,
percebemos que tudo ficou na mesma, ou piorou.
Noticia publicada hoje nos jornais, talvez por conta do
clamor das ruas, informa que a Procuradoria Geral da Republica está
investigando a contratação pelo Senado, através dos malfadados atos secretos,
de 7(sete) garçons, pelo módico salário de R$ 14.600,00 mensais.
Três desses “especialistas”, provavelmente doutores e pós
graduados, dominando no mínimo cinco línguas, estão servindo café no plenário,
enquanto os quatro restantes, demonstram toda sua técnica, na copa dessa
discutida Casa.
Não resta qualquer dúvida que o Senado perdeu sua função
moderadora. Não serve para nada.
As redes sociais deveriam disseminar essa idéia na Internet,
para que bandeiras sobre o tema sejam levantadas nas passeatas.
Caso haja mesmo plebiscito sobre a reforma política, esse
deveria ser um dos itens obrigatórios a constar da consulta popular, hipótese
pouco provável, pois a lista de opções será aprovada pelos parlamentares em
exercício.
Para minimizar os prejuízos, só mesmo no grito e na marra,
pois os que habitam a “Casa da Mãe Joana, como invasores e posseiros, serão
difíceis de serem escorraçados.
Para começar a moralizar nosso país, devemos tentar extirpar
esse câncer.
Menos políticos, menos corrupção.
José Roberto- 28/06/13