ENCONTRO DESMARCADO
Sabia da data com antecedência, fiz planos, mas as
contingências inesperadas da vida alteraram meus caminhos.
Ao invés de Piracicaba, no próximo dia 17/11 estarei no
interior de Mato Grosso, tratando de assuntos pessoais inadiáveis e de máxima
urgência.
Estarei perdendo uma oportunidade única, de rever velhos
amigos e companheiros, remanescentes da nossa turma pioneira de 1967.
Já se foram quarenta e cinco anos, numa demonstração que o
tempo correu ligeiro, passando por nós feito um ciclone, deixando em todos suas
marcas indeléveis, algumas rugas, cabelos grisalhos e até mesmo dores
generalizadas.
A curiosidade é grande.
Rever colegas cujos rostos em nossa memória permanecem
jovens, meninas bonitas, para as quais destinava um olhar enviesado, sem no
entanto, receber qualquer contrapartida.
Como estarão todos depois de tanto tempo?
E os ausentes por força maior, subtraídos de nosso convívio
pelos desígnios de Deus e que tanta falta nos fazem?
Saudades doídas do Wanderlei Braidotti, do Noedir Turrer e
em especial do grande amigo e companheiro Norberto Caproni, meu irmão de fé, de
tantas e boas lembranças.
Apenas o fato de escrever esses nomes, me faz sentir um
aperto no coração, espanando a poeira e trazendo a memória momentos
inesquecíveis que passamos juntos.
Impossível não recordar que foi o Norberto que me levou
optar por Economia, argumentando ser a carreira do futuro, num Brasil que
crescia a passos largos, necessitando urgente de cabeças arejadas para
enfrentar novos desafios.
Os vaticínios do amigo foram corretos, pois formados, não
tivemos dificuldades em conseguir bons empregos e tocar a vinda pelo mundo a
fora.
Eis que surge a oportunidade de rever os cúmplices da
primeira turma, os que acreditaram na empreitada pioneira da antiga ECA, (hoje
UNIMEP), apostando suas fichas em busca de um futuro mais promissor.
O tempo provou que a escolha foi acertada.
A absoluta maioria dos que aceitaram o desafio de encarar
essas novas profissões, economistas ou administradores souberam ocupar seus
espaços, respondendo com brio e eficácia, as atribuições que lhes foram
destinadas.
Somos todos vencedores, não importando o tamanho e
importância das batalhas que enfrentamos.
O importante é ter a certeza que cumprimos nosso papel,
dentro do script programado pelo destino.
Pena que não estarei junto com a turma, no dia dezessete!
Ficarei na curiosidade, lamentando essa perda, que espero
seja compensada num futuro próximo, pois não temos tempo para desperdiçar.
É difícil acreditar, mas não é mesmo que já se passaram
quarenta e cinco anos?
José Roberto- 13/11/12
Zé
ResponderExcluirEssas são ocasiões especiais que não podemos perder, pois não sei como será daqui a mais cinco anos.
Não deixe passar em branco essa oportunidade, apesar de todos seus problemas.
Conselho de um amigo que se julga mais experiente.
Caro Zé
ResponderExcluirNo dia 14 de Dezembro estarei encontrando, pela primeira vez em Recife, minha turma após 40 anos de formado. Vai ser interessante ver que as marcas do tempo não estão apenas comigo.
Abraço.
Otto.
Reencontrar os amigos de infância, da adolescência e também das escolas que passamos pela vida é sempre muito gratificante. Afinal são partes da nossa vida. Não falte nas próximas.
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