A LISTA
Recebi com o coração apertado, a lista dos participantes do
memorável encontro, ao qual lamentavelmente não pude comparecer e algumas fotos,
publicadas na Gazeta de Piracicaba, gentilmente enviadas pelo velho amigo
Volne.
Reconheci uns poucos, pois a maioria não vejo a quarenta e
cinco anos.
Lendo os nomes nas legendas, me vem a lembrança rostos que
gravei nos bons tempos em que éramos simples alunos, em busca de conhecimento e
de um futuro promissor.
Com a dor da saudade batendo no peito, ontem, revirei meus
arquivos extremamente desorganizados, conseguindo finalmente achar as fotos que
procurava.
Algumas já esmaecidas, amareladas, mostravam jovens
sorridentes, recebendo o sonhado “canudo” em sessão solene, realizada no finado
e então chique Cine Palácio.
Outras, retratavam o inesquecível baile de gala, realizado
nas elegantes dependências do Clube Coronel Barbosa.
O baile foi abrilhantado por “Pocho e sua orquestra”, famosíssimo
na ocasião nos custou uma nota preta,
obtida a duras penas através de muitas rifas, bailinhos e generosas doações.
Noutras fotos, em nosso jantar de confraternização realizado
no Restaurante Mirante, as margens do rio Piracicaba, defronte ao famoso
“Salto”, me vejo aberto em sorrisos, brindando com o Norberto, o Noedir, o Wanderley
e com o também saudoso Sadão Mori.
Impossível não ser tocado por uma tremenda nostalgia, por
aquela saudade gostosa que dói no peito, num misto de alegria e tristeza , que
se mesclam e confundem nossos sentimentos.
De um jeito simples, posso afirmar sem receio de errar, que
éramos felizes e sabíamos!
Olhando mais uma vez para as fotos recentes no jornal, encaro
senhoras e senhores provectos, também sorridentes, felizes por estarem
novamente desfrutando da agradável companhia de antigos colegas.
Observo que embora o tempo seja inclemente, para alguns foi
mais generoso. Opinião pessoal e questionável, fácil de ser emitida,
principalmente pelo fato de constar das fotos.
Qual seria a opinião desses velhos amigos se me vissem
depois de tanto tempo?
Eu até que me considero em bom estado, principalmente a
“cuca” que permanece jovem, embora seja impossível conhecer a verdadeira e
sincera opinião de terceiros, que sempre
tendem ser generosos.
O importante é que cada um esteja bem consigo próprio,
encarando a idade e o tempo com bom humor, aceitando o inevitável.
O fato inquestionável, é que chegamos a quarenta e cinco
anos de formados, cada um com sua história, sua vida, suas realizações.
Fomos os pioneiros, a primeira turma da ECA(hoje Unimep),
economistas e administradores que partiram de Piracicaba para ganhar o mundo.
Com nossas vitórias e derrotas vamos levando, batendo no
peito orgulhosos, pois apesar de tudo ainda estamos vivos!
E bem vivos, a espera de um novo encontro, ao qual, se Deus
quiser, prometo comparecer.
José Roberto- 29/11/12
Caro Zé
ResponderExcluirSinto sua tristeza por não ter podido participar de tão importante encontro.
Continue firme que não faltarão novas oportunidades.
Zé
ResponderExcluirNessa época de nossas vidas devemos priorizar os assuntos do coração, pois já suamos muito e é chegada o hora de aproveitarmos o que de melhor nos resta.
Zé
ResponderExcluirTambém revi recentemente minha turma, quarenta anos de formados.
Muita alegria e saudades, principalmente dos ausentes.
O importante e seguir em frente, sem esquecer os que nos foram caros.
Há 8 anos participo dos encontros de minha turma, não escola, mas de amigos de infância. Até o time que formamos naquela época, que até hoje participa de campeonatos amadores, completou cinquenta anos em julho de 2012. Aliás, o Barcelona copiou a nossa camisa. Nada melhor que estes encontros. Já estamos preparando o de 2013. Aproveite enquanto está vivo, pois da esta vida não sairá vivo.
ResponderExcluirVanderlei