GOVERNO EMPACADO
Quinzenalmente somos brindados com excelentes artigos do
historiador e professor da USP(Ribeirão Preto), Marco Antonio Villa, para mim,
um dos melhores articulistas e pensadores do Brasil atual.
Seus textos são oportunos, profundos, agradáveis de ler e
didáticos, podendo ser lidos até por aqueles não muito chegados ao hábito, pois
são de fácil entendimento e compreensão.
Num dos de seus últimos apartes, aborda com a costumeira
precisão o governo de Dona Dilma, que a seu ver, parece velho aos 18 meses.
Vou alem.
Esse governo vetusto já nasceu velho.
Com ministros, assessores, dirigentes de importantes
estatais e praticamente todas as peças da imensa maquina estatal herdada ou
imposta pelo antecessor, Dilma começou sua caminhada pisando sobre as pegadas
sinuosas de Lula, seu mestre e criador.
Depois que a mídia começou a revelar os escândalos em série,
fruto da corrupção endêmica instalada no governo, Dilma se viu forçada a
defenestrar esses canastrões corruptos, pegos com a boca na botija e dinheiro
nas cuecas.
Numa tentativa de manter o apoio dos partidos oportunistas,
cujos representantes estavam sendo despejados de seus cargos, a Presidente,
para aliviar a barra, cunhou um sinônimo para roubo, alcunhando o ato de
surrupiar dinheiro publico, como “malfeito”.
Malfeito o caralho!
Bem feito para esses canalhas, que tardiamente foram
escorraçados e afastados da boca do cofre.
Como podemos engolir, que Dona Dilma, uma super-gerente (segundo
seu criador, o manhoso Batráquio), que mandou e desmandou durante longos oito
anos, não percebeu ou diagnosticou, que as raposas estavam tomando conta do
galinheiro?
Sem comentários, pois em política tudo se explica, num faz
de conta surreal. O que se diz hoje não
vale para o amanhã, o rufião de ontem é o fiel o atual fiel escudeiro e amigo
eterno. Vergonha é ética são palavras que não existem nos dicionários dos
nossos homens públicos(com raras exceções).
Com a crise batendo em nossa porta, o governo insiste em
medidas pontuais, beneficiando temporariamente alguns setores e tentando
estimular o consumo interno, mesmo sob o risco da população ficar endividada, o
que já está acontecendo.
As obras de infra-estrutura estão paradas ou caminhando a
passos de tartaruga.
As do PAC, estão desde há muito, empacadas.
A única movimentação que notamos, deve-se a correria das
obras municipais, por conta das eleições que se aproximam.
No geral, os prefeitos metem a mão por três anos, guardando
um pouquinho para o último, numa tentativa de engambelar novamente o
eleitorado, se reelegendo, ou carreando votos para seus apadrinhados.
O governo federal tem se destacado em aumentar o numero de
benesses concedidas à população pobre, dentro da premissa de melhorar e
aumentar a distribuição de renda.
Nada contra, porem, convem salientar, que somos nós, os
pagadores de impostos que sustentam esse assistencialismo e que a base de
pagadores vem aumentando em ritmo lento, devido a queda do nível de empregos, o
que prenuncia, aumento da carga tributária(para o mansos burros de carga).
Com milhares de novos vereadores, que desgraçadamente
inflarão os gastos já elevados das câmaras municipais; com reivindicações
salariais estapafúrdias de algumas classes de empregados públicos, que já
ganham bem mais que similares da iniciativa privada; com os perigos e a
generosidade peculiar dos períodos pré-eleitorais, com o BNDES tomando bilhões
do Tesouro e emprestando com juros simbólicos a poucos escolhidos, o cenário
que se avizinha é deveras preocupante.
Diante de todos esses riscos que estão evidentes, o governo,
ao invés de implementar medidas para
conter os gastos públicos, acelara a liberação de emendas paroquiais,
sucumbindo a chantagem dos deputados e senadores que compõe sua base de
sustentação.
Os índices econômicos estão aí para provar: crescimento do
PIB nanico, devagar, quase parando.
José Roberto- 11/07/12
A crise realmente está chegando e dessa vez não nenhuma marolinha.
ResponderExcluirCom essa gastança desenfreada, corremos o risco de ser a Grécia amanhã.
Talvez não cheguemos a tanto, que atravessaremos sérias dificuldades com a retração do comercio mudial, não há dúvidas.
Antes era custo Brasil. Agora é custo Lula. No "vamo-que-vamo" ele forçou obras e multiplicou as metas, loteando cargos para todos os rincões e empresas do governo, reduzindo em muito a qualidade técnica e de gestão, vide exemplo a Petrobrás, que ele falou e celebrou para todos os cantos do Brasil sobre a autoeficiência da empresa em petróleo. Pois bem, a produção está estagnada há três anos e a Bacia de campos está produzindo muito abaixo do que produzia, tirando muita água junto com o Petróleo. Agora estamos importando óleo diesel, gasolina e até etanol. E a coisa não para por aí. A "burrocracia" atrasa tudo quanto é tipo de obra, mesmo a tidas como importantes para a Copa e as Olimpíadas, um verdadeiro sonho de verão do Lula. Enquanto isso, os outros países emergentes avançam muito mais que o Brasil, mesmo com a crise batendo na Europa. Mesmo assim, estamos caminhando para mais um mandato da "gerente" ou pior ainda, do ex-melhor presidente, que não larga o osso de jeito nenhum, querendo morder a todos que tentam impedir o seu “reinado” no Brasil. Estamos num mato sem cachorro!
ResponderExcluirLi outro dia, que Dilma só será candidata a reeleição se Lula deixar.
ResponderExcluirSerá verdade?
Será que Dilma fará apenas um mandato tampão?
Deus nos livre de um novo governo com esse arrogante, orgulhoso, analfabeto e metido.