CONGRESSO EM FÉRIAS

 

CONGRESSO EM FÉRIAS

 

Em condições normais de temperatura e pressão, as férias de nossos probos congressistas deveria ser um período de calmaria, pois com os danados longe de Brasília haveria uma pausa nos conchavos, com menor dano aos cofres públicos.

Ao menos em teoria e condições normais, situações que o país não vive há tempos, agravando-se ainda mais no atual desgoverno, onde a corrupção voltou com força total.

Em seus redutos, nossos representantes não perdem tempo, negociando o encaminhamento das verbas secretas, das emendas PIX, da vultuosa grana a qual tem acesso, advindas do quinhão da partilha que cada um recebe para apoiar os projetos do governo. O famoso cala boca que amansa a maioria dos deputados e senadores do Centrão e da oposição.

É um período de grande atividade, principalmente nos rincões mais pobres e atrasados, onde nossos gulosos políticos acertam a destinação das verbas, para a ponte que não vai ser construída, asfaltamento de estradas que não existem, construção de praças para o lazer e centros esportivos, tudo muito bonito e certinho, ajustado nos contratos mas longe da concretização.

Os espertalhões estão fazendo o que mais gostam, gozando antecipadamente da grana alta que engordarão suas contas secretas, bolsos, meias e cuecas, pensando seriamente no futuro, não do país, mas o próprio e daqueles que orbitam próximos a seus umbigos.

Os danados não se abalam, nem mesmo diante dos últimos acontecimentos internos e internacionais, salvo um pequeno número de congressistas da oposição, insatisfeitos com a intromissão de outros poderes em seus misteres, que retornaram a Brasília tentando reverter o recesso, tendo em vista a gravíssima intervenção do STF numa decisão final do plenário, não encontrando porem, apoio dos Presidentes das duas Casas, que acovardados evitam de todas as formas se indispor com o juízes de nossa mais alta instância, lembrando de seus processos engavetados no Orgão.

Os poucos teimosos que tentam se agrupar e fazer com que o Congresso volte a suas atividades normais, podem perder as esperanças, estão fazendo muito barulho por nada.

Enquanto isso, a carga tributária aumenta, ferrando ainda mais os já espoliados pagadores de impostos, prejudicando a todos, inclusive o pobres ignorantes, que somente perceberão a vilania, ao verem minguar os produtos que compram com suas bolsas assistenciais.

E assim caminha o Brasil, em direção ao fundo do poço.

Fora Mula!

 

José Roberto- 25/077/25

 

 

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