JÁ VAI TARDE, 2023
Encerro o ano com um texto aparentemente pessimista, embora
essa não seja minha intenção, se bem que nós brasileiros honestos e pagadores
de impostos, no geral, na política, economia, segurança, saúde e educação, não tenhamos
nada a comemorar. Temos que ser realistas, pois em todos esses aspectos o país
foi um fracasso redundante.
Se em apenas um ano de desgoverno Mula, o maior ladrão de
nossa história, já estamos exauridos de conviver com atos espúrios de uma
imensa quadrilha que se apossou do país, será que aguentaremos mais três anos?
Obviamente no particular, na vida privada e familiar, tive altos
e baixos como toda pessoa comum, porem com um bom saldo positivo, pois juntos,
soubemos contornar as dificuldades de forma satisfatória.
Contudo, por mais que me esforce, não consigo entender nem engolir,
como permitimos que esse traste de nove dedos fosse ressuscitado, e ainda pior,
eleito novamente Presidente da República, mesmo por meios nada ortodoxos. Ainda
assim, entram dias, passam dias e não me conformo com tamanha burrice e afronta,
principalmente aos brasileiros com um mínimo de massa cinzenta.
A situação só não foi muito pior porque vínhamos de um governo
sério, que entregou o poder com números altamente favoráveis, superavit primário
de 123 bilhões e as estatais gerando um lucro de 188 bilhões, dinheirama que em
apenas um ano, com péssimo uso, crescimento incomensurável da máquina pública,
desvios e gatunagens, termina o presente exercício com um déficit de 170
bilhões e com praticamente todas as estatais no vermelho (6 bilhões).
As perspectivas para 2024 e anos vindouros são tenebrosas,
pois além do autofagismo da máquina pública, o Congresso, diante da fraqueza e
incapacidade do governo, engessou parte significativa do orçamento, destinando
recursos bilionários para obras paroquias, prejudicando investimentos em infraestrutura
e outras áreas vitais.
Chega de falar desse governo horrível, corrupto e mentiroso,
pois quero terminar o ano com um pouco de alegria, lembrando dos momentos maravilhosos
que passei com meus netos, com a família que aguenta os destemperos eventuais de
um velho ranzinza , como os amigos pacientes, tolerando minhas manias e implicância
de velho, enfim com todos que
generosamente partilharam comigo o difícil ano que está terminando.
Lembranças agradáveis com a turma do tênis, nossas
cervejadas após duras pelejas (de assistir), churrascadas, que por preguiça
minguaram no segundo semestre;
Muitas lembranças da nossa turma de mergulho em Caravelas,
este ano marcada por um triste acontecimento, com a prematura morte(dormindo)
aparentemente tranquila, do querido amigo Carlinhos Peba, que conheci em
Itanhaém, desde pequeno; expectativas para nosso retorno agora em janeiro, para
apagar os derradeiros vestígios de tristeza que tocou profundamente a todos, mantendo
apenas recordações alegres do amigo, que permanece presente em nossos corações.
Novamente, quero agradecer a todo que partilharam comigo
dessa longa jornada, com a firme certeza que ainda continuaremos juntos por um
bom tempo, caminhando lépidos com o vento soprando em nossas costas, aproveitando
todos os bons momentos, que Deus, amorosamente possa nos conceder.
Quanto ao Brasil, só nos resta rezar e torcer por um milagre.
Um ótimo ano novo para todos.
José Roberto- 29/12/23