PROPINA
Se têm uma palavra que está na moda, bombando, arrebentando
a boca do balão, é justamente essa:
PROPINA.
Como em nosso país somos especialistas em esculhambar com
tudo, deturpando entidades que funcionam
exemplarmente em outros recantos do mundo, a exemplo das Ongs, por aqui,
sinônimo de trambiques; fizemos o mesmo com algumas palavras e expressões.
Uma das mais célebres é a que nomeia o texto, talvez uma das
palavras mais citadas pela mídia nos últimos tempos, obviamente com algumas
variações, fruto da fértil imaginação do brasileiro na tentativa de escamotear
atos impróprios.
No sentido original, propina referia-se a gorjeta, dada
espontaneamente como agradecimento a um serviço bem prestado ou executado.
Atualmente, essa palavra somente é utilizada no sentido pejorativo,
significando pagamento para alguém realizar um ato ilícito.
Na próxima revisão do Aurélio, tenho certeza que novas
palavras e sinônimos serão incluídos para enriquecimento formal de nossa língua,
pois já são de domínio público, utilizadas em larga escala pela imprensa e pelo
povo.
Um exemplo é Propinoduto, referindo-se particularmente a
roubalheira na Petrobras, que rendeu variações peculiares aos corruptos que
participavam do esquema, a exemplo do termo utilizado pelo ex-Tesoureiro do PT,
João Vacari Neto, alcunhado de Moch, pois sempre andava com uma mochila a tira colo.
Moch, ao combinar o local onde recolheria a grana para encher
sua mochila vazia, utilizava uma delicada
expressão , dizendo que iria buscar os PIXULÉCOS.
Que meigo, que bonitinho!!!
No caso de Cabral, o maior governador ladrão da história do
nosso país, por ser mais escolarizado e metido a besta, costumava exigir de
seus parceiros no crime, percentagens nas obras superfaturadas, as quais denominava OXIGÊNIO.
O safado respirava corrupção por todos os buracos do corpo.
Nas delações premiadas, vão surgindo outras variações
interessantes, tais como CHOCOLATE, PEDÁGIO, AGRADO, dentre outras.
Algumas palavras manjadas tais como, JABÁ, JABACULÊ,
SUBORNO, jamais foram pronunciadas, nem pelos delatores, nem pelos corruptos
que metiam a mão na grana, talvez por julgá-las muito pesadas ou mesmo
vulgares, não compatíveis com o “nobre serviço que realizavam”.
Outro aspecto interessante que gira em torno dessa
indecorosa palavra, é que todos os safados que a recebem, negam, jurando tratar-se
de justa remuneração por palestras ou serviços (nunca)prestados, ou ainda,
doações legais devidamente declaradas a justiça eleitoral,devidamente aprovadas.
Todo mundo fingia acreditar nessas justificativas capengas,
inclusive nossa estrábica justiça, até que um juiz peitudo declarou em altos
brados, “que o rei estava nu”.
Talvez, para moralizar definitivamente o país, a solução
seja eliminar essa palavra maldita do dicionário.
José Roberto- 20/04/17
Seria bom mesmo se essa palavra deixasse de oxigenar as ações dos nossos governantes e políticos, que já são muito bem renumerados, pesando nos impostos que obrigatoriamente pagamos. Mas, com muita dor no coração, sabendo que serão mal geridos.
ResponderExcluirÉ MESMO UMA PENA, POIS ENQUANTO ESSA RAÇA DE CORRUPTOS NÃO FOR EXTERMINADA, TUDO CONTINUARÁ NA MESMA.
ResponderExcluirMELHOROU UM POUQUINHO, MAS FALTA MUITO.
NÃO VEJO SOLUÇÃO A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO.
ABCS
GIMAEL