MULA, O FILHO DA ODEBRECHT
Apesar de semianalfabeto, até que Mula era razoavelmente
inteligente, tendo boa conversa tipo papo de botequim, mas pecava por ser um
preguiçoso endêmico, avesso a se escolarizar, odiando a leitura, como chegou a
declarar diversas vezes
A situação começa a mudar quando seu irmão, Frei Chico
malandrão sem batina, obriga o mano preguiçoso a fazer parte da
diretoria do sindicato dos metalúrgicos.
Embora preguiçoso por natureza, Mula era realmente esperto,
percebendo logo de cara que no sindicato, havia encontrado o lugar ideal para
coçar o saco e empurrar a vida com a barriga.
Para espanto de todos, nas greves que começaram a pipocar em
pleno regime militar, Mula aparecia como mediador, como legitimo representante
dos trabalhadores, a voz rouca do povo na luta por seus direitos.
O pensamento geral era que o Molusco agia impulsionado por
intelectuais de esquerda, que já orquestravam a fundação do PT.
Mas ninguém desconfiava que o buraco era mais embaixo, que
um baiano visionário enxergou no preguiçoso Mula o perfeito menino de recados,
o pau mandado que lhe iria facilitar o relacionamento com os sindicatos, alem
de outros serviços nada ortodoxos que fossem necessários.
O apedeuta folgado, com grana farta nos bolsos, tomou gosto
pelo bem bom, fingindo que lutava pelos operários, quando na realidade defendia
os interesses do patrão.
Ascendendo socialmente após a formação do Partido dos
Trambiqueiros, não faltaram amigos que lhe emprestaram gratuitamente casas e
apartamentos, para morar confortavelmente, especialmente um advogado que também
enxergava longe, cuja generosidade lhe rendeu ótimos frutos.
Mula tomou gosto pelas coisas boas, pelos bons vinhos, pela
boa comida, sendo incentivado a alçar voos mais temerários na área política,
chegando a candidatar-se por três vezes a Presidência da Republica, saindo
derrotado, sempre com o amparo, estimulo e grana do patrono baiano, que não o
deixava esmorecer.
Na quarta tentativa, com mudança de retórica, conseguiu o
impossível, tornando-se o primeiro Presidente semianalfabeto, que iria governar
para os pobres.
Bem orientado, agregou e inflou os programas sociais do
governo anterior, assumindo logo a paternidade , distribuindo bolsas sem
reservas, como se o dinheiro publico jorrasse de um fonte perene.
Ajeitou a vida dos filhos, dos parentes, dos
correligionários, até da amante, bem instalada num escritório em São Paulo,
onde mandava pra cacete.
Não se sabe ao certo, qual a influencia exercida pelo seu
secreto tutor na escolha dos dirigentes das estatais, sempre pródigos em
atender os aditamentos e reajustes contratuais da empreiteira mãe, e das demais
afiliadas, que na surdina, retribuíam com grana grossa, de fazer inveja a um
simples mortal.
Mula plantou durante seus dois governos, para colher muito
mais no após , com presentes, brindes, sítios, triplex, conta corrente e muita
grana por palestras que nunca foram dadas.
Desde seus tempos de sindicato, durante a Presidência, e nos
retiro, Mula foi sempre muito bem orientado, paparicado e recompensado, até
surgir uma pedra no meio do caminho.
Como disse o poeta, “No meio do caminho tinha uma pedra,
tinha uma pedra no meio do caminho...), uma pedra chamada Moro, que num passe
de ousadia causou um rebosteio geral, convulsionando o país, revelando a todos,
a cara e nome dos corruptos que saquearam o Brasil durante décadas.
Com a confissões que se tornaram públicas, desmistificou-se
a pose do enganador mor, ficando provado para surpresa geral(não a minha), que
Mula foi sempre um teleguiado, sendo regido e dirigido por um velho e esperto
patriarca.
Provou-se então, por A mais B, que aquele que se dizia “Filho
do Brasil” , era na realidade o filho
bastardo da “Odebrecht”.
José Roberto- 18/04/17
E o Odebrecht também escreveu a "Carta aos Brasileiros", que foi uma das ferramentas para a presidência da república. Outra coisa que o ex-melhor presidente pode se vangloriar é ter "TERCEIRIZADO" a presidência da república para o Emílio Odebrecht. Realmente ele esteve e está sempre à frente de seu tempo.
ResponderExcluirBEM LEMBRADO, VANDECO.
ResponderExcluirUM ABRAÇO,
GIMA