JUSTIFICANDO MINHAS RAZÕES
Fiz uma rápida pesquisa com
amigos e conhecidos, chegando a conclusão que minhas opiniões sobre os jogos
olímpicos estão do lado da minoria.
Aproximadamente setenta por
cento dos meus contatos, gostaram da escolha do Rio como sede dos jogos de
2016. Mesmo com algumas restrições, acreditam que a cidade e o país sairão
lucrando.
Continuo firme em minhas
convicções, tendo a plena certeza que os grandes privilegiados serão aqueles
que conhecemos e que não perdem um boquinha.
É óbvio que o Rio terá sua
parcela de benefícios, com melhorias na infra-estrutura, na despoluição das
lagoas, com um pequena extensão das linhas do metrô,com a construção de novos
hotéis e um pouco mais de segurança, principalmente durante a realização dos
jogos.
A previsão inicial era que o
metrô chegasse até a Barra, meta reduzida até a Gávea, não por falta de verba,
mas por excesso de desvios e comissões fraudulentas.
O que já se gastou nesse
ínfimo metrô do Rio, daria para ter sido “cavucado” até o Japão.
O governador(outro viajante
inverterado) já previu que os investimentos chegarão a 90 bilhões, entre três a
cinco anos, com verbas oriundas do governo e da iniciativa privada.
A iniciativa privada que não
é boba, se limitará a investimentos no parque hoteleiro, única área com
rentabilidade garantida mesmo após os jogos. O restante, terá que ser bancado
com verbas governamentais.
Outra notícia que confirma
minhas preocupações.
Para integrar o comitê da Rio
2016, o Ministério dos Esportes indicou o Sr. Ricardo Levy Gonçalves, condenado
pelo Tribunal de Contas da União a devolver 18,4 milhões aos cofres públicos, por
gestão fraudulenta durante as obras do Pan.
Esse “probo” gestor, alem de
autorizar pagamento de obras em duplicidade, autorizou outras que nem sequer saíram
do papel, sem mencionar os superfaturamentos e aditivos questionáveis,
resultando na multiplicação por cinco, do custo inicial estimado das despesas.
Ora, se juntam esse
reconhecido gatuno com a gangue do COB, é porque estão a fim de “meter a mão no
ervanário”, não se preocupando nem mesmo em disfarçar, acreditando que a
alegria e o ufanismo que tomou conta do país, se encarregará de acobertar todas
as mutretas.
Podem estar certos que até
2016 teremos muitos aborrecimentos e muita sujeira será exposta,
Espero estar firme e
disposto, para acompanhar nos próximos sete anos o desenrolar desse “assalto ao
trem pagador”.
Como já disse o caçador de
marajás Saco Roxo Collor de Mello e o
marimbondo bigodudo Sarney , “ o tempo é
senhor da razão”.
Vamos dar tempo ao tempo.
José Roberto- 06/10/09
NOTA= PARECE QUE DESSA VEZ ,
MINHAS PREVISÕES DE 7 ANOS ATRÁS ESTAVAM CORRETAS. ENQUANTO HOSPITAIS, ESCOLAS,
SEGURANÇA AQUI NO RIO, ESTÃO NA MISÉRIA, GASTAMOS UMA NOTA COM O PARQUE OLÍMPICO.
TEXTO RECUPERADO DO BLOG
TERRA OPINIAODOZE.
José Roberto- 26/04/16
Como o Brasil está muito longe de ser um país liberal, onde o livre mercado possa competir e ditar algumas regras, temos um governo que prima pelo domínio estatal. É o próprio governo o grande motor da economia. E é ele próprio o maior contratante de grandes obras úteis e inúteis, fazendo com que as construtoras fiquem totalmente nas suas mãos e dependentes de contratos com o poder público. Assim, essa situação foi contaminada de vícios inerentes a esta parceria, onde os prazos passam ser estourados, os preços passam ser superfaturados, vista grossa é feita na na qualidade das obras e na prestação de serviços e o pior, tudo isso é negociado com propinas. o Brasil abandonou os paradigmas originais da engenharia, onde a máxima eficiência é contrabalançada com os custos. Com o abandono desta máxima da engenharia a livre concorrência degringolou e as diferenças a maior nas obras vai para no bolso de alguém. Haja bolsos!
ResponderExcluirÓTIMO COMENTÁRIO.
ExcluirZÉ