JUSTIÇA A CONTA GOTAS
Estamos cansados de saber que nossa justiça tarda, falha e
funciona a conta gotas, em se tratando de processos contra ricos, poderosos e
políticos.
Contra ladrões de galinha e mequetrefes descamisados, chega
até mesmo a ser dura, “encanando” sem piedade um pobre coitado que roubou um
pão para matar a fome.
Depois de vinte anos, jurando que as contas bloqueadas no
exterior não são suas, finalmente Paulo Maluf foi condenado por desvio de
grana, na construção de um túnel, na década de noventa.
Esse turco danado sabe roubar e rouba com gosto!
Desviou dinheiro de todas obras realizadas em sua gestão,
tanto na prefeitura, quanto no governo paulista. Roubou desde a merenda escolar
até na construção de estradas e avenidas.
Condenado em segunda instancia, Maluf tornou-se um ficha
suja, não podendo candidatar-se nas próximas eleições.
Todavia, poderá ainda, recorrer ao STF ou STJ, postergando
por mais uns 20 anos, o cumprimento de qualquer penalidade.
Apesar de ser um “oitentão” vigoroso, Maluf vai bater a
caçuleta sem prestar contas à justiça.
Os jornais noticiam hoje, que o ex-Presidente Collor “Saco
Roxo” de Mello, está próximo de livrar da última ação que tramita no STF.
Descansando no colo da simpática Ministra Carmen Lucia desde
2009, o processo está prestes a caducar, se extinguindo por decurso de prazo.
Esse cara,que nos engambelou com a falsa fama de “caçador de
marajás”, também se locupletou no seu curto e corrupto governo, montando uma
quadrilha chefiada pelo obeso P.C.Farias, responsável por achacar e cobrar
comissões de todas obras realizadas a nível federal.
Essa quadrilha chegou ao absurdo de organizar um festa, para
comemorar o primeiro bilhão arredado, ou melhor, roubado.
Tentando justificar a grana farta que custeava suas despesas,
o Ex-Saco Roxo, forjou o famoso “empréstimo no Uruguai”, avalizado por um
conhecido empreiteiro de Brasília, freqüentador assíduo das crônicas policiais.
O Ex, em seu exílio forçado, viveu nababescamente em Miami,
sem jamais se preocupar com as despesas.
Retornou, conseguiu se reeleger senador, provando que a
memória do alagoano e curtíssima, devolvendo a raposa para controlar a porta do
galinheiro.
Na maciota, tornou-se amigo íntimo de Lula, ex-desafeto e
junto com Sarney o bode velho marimbondo de fogo, transformou-se em importante
conselheiro, repassado como herança maldita, ao governo de Dona Dilma.
O Saco Roxo está prestes a completar a volta por cima,
tornando-se outra das personagens “ilibadas” da nossa história.
E a justiça estrábica, vai deixando o barco correr,
arquivando processos e inocentando corruptos contumases.
Hoje, também recomeça o ciclo do Mensalão.
No ataque, Joaquim Barbosa e seus pupilos, contra a
implacável defesa, composta pelos “botinudos zagueiros” Lewandowiski, Tofolli,
Zavascki e almofadinha delicado Barroso.
Essa etapa final do julgamento que mexeu com a consciência
do país, com seus embargos dos embargos dos embargos, tende a chegar a lugar
nenhum, a um empate técnico, para desilusão de quem ousou acreditar, que “pela
primeira vez na história desse país”, sentiríamos o doce sabor da justiça.
Vamos aguardar sentados, o desfecho dessa opera bufa.
José Roberto- 13/10/13
Será que existe ainda algum otário razoavelmente esclarecido que acredite em nossa justiça?
ResponderExcluirA esperanca no judiciario se esvaiu com a decisao do embargo infrigente. Agora todos vao fazer mais uma apelacao e outra e outra e outra..., ate tudo caducar, inclusive a memoria do povo. "Salve-se quem puder"
ResponderExcluirDepois de 20 anos da denúncia pelo Ministério público Paulo Maluf foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, sobre o desvio de verbas na construção do Túnel Ayrton Senna. Só isto diz tudo sobre a justiça que não funciona no Brasil, tendo em vista a quantidade de recursos permitidos pela legislação brasileira, que está ao alcance do bolso dos réus para pagamentos a elite de advogados para levar os processos até o infinito. Com certeza, outros tantos anos virão, pois os advogados do Paulo Maluf irão recorrer ao STJ e ao STF. Quem viver verá!
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