A SAÚDE DOS SENADORES

A SAÚDE DOS SENADORES

A Igreja Católica, preocupada com o péssimo atendimento que
os hospitais públicos dispensam às camadas mais necessitadas da população,
adotou como tema da Campanha da Fraternidade que perdura durante toda a
quaresma, o lema “Fraternidade e Saúde Pública” .
Embora sejam louváveis as boas intenções da Igreja, sabemos
que tudo continuará na mesma, com a corrupção campeando e se empanturrando de
grana, enquanto os pobres definham e morrem nas filas de espera.
Acertadamente, o marimbondo de fogo bigode tingido Sarney,
afirmou dias atrás, encastelado nas tribunas do Senado, que “A universalização
da saúde, é ainda um desafio para o Brasil”.
Sábias palavras proferidas pelo Donatário do Maranhão e do
Amapá, após levantamentos realizados pelo IBGE, demonstrando que seus estados e
inclusive o Rio, são os piores nesse quesito, e o pobre quando entra num
hospital público nesses estados, está cruzando a porta do cemitério.
O bode velho esqueceu de mencionar, que no país já existe
uma ilha da fantasia, cujos habitantes venceram o desafio, conseguindo a tão
almejada excelência na saúde.
Somente a nobre raça dos senadores, com o maquiavelismo dos
atos secretos orquestrados sob a tutela do mirabolante Agaciel Maia, cria e
discípulo de Sarney, conseguiu instituir as custas da nossa suada grana, o
atendimento nota mil, destinado aos ilustres membros da casa, aos ex, as
famílias, inclusive aqueles tampões que nunca tiveram um voto sequer, e que
transitaram como foguetes pelo cargo, por meses ou mesmo dias.
Para esses o céu é o limite, frisando apenas, que antes de
irem para o céu, ou melhor para o inferno, gastam fortunas tentando protelar o
ajuste de contas com Belzebu, com atendimento vip nos melhores hospitais de São
Paulo.
O senador, ao mais leve sintoma de caganeira, pega a ponte
área(também paga com nossa grana) e se
manda para o Sírio-Libanes.
Mulher de senador, com as tetas caídas e a pança inchada,
arranja um desculpa para se livrar das pelancas e fazer uma recauchutagem,
também por conta da nossa grana.
Filhos e filhas, com unhas encravadas ou dor de dente, se
mandam para o Eistein, para se livrar dessas duras enfermidades.
Tudo com o nosso dinheiro. Sem limites.
Torram milhões anuais, sem dar a mínima ao contribuinte,
pois segundo disse um senador picareta, ganham pouco e daí a necessidade do
décimo quarto e décimo quinto salário, alem de todas essas miçangas e
penduricalhos.
Terrível é testemunharmos casos de conhecidos, que
desfrutavam de um bom padrão econômico e que devido ao infortúnio de uma doença
grave, dispor de todos seus bens para oferecer ao familiar um tratamento digno
e adequado.
Dessa terrível sina, estão isentos nossos nobres senadores,
pois foram eleitos para defender o seu, bem ao estilo do inesquecível “Justo
Veríssimo”.
Incrível mesmo é ver a apatia do brasileiro, preguiçoso,
cordeiro, que assiste a todas essas afrontas e desmandos sem levantar a voz,
sem erguer um dedo, mesmo que simbólico naquela posição do “foda-se”.
Jamais em tempo algum, fomos assim tão humilhados!

José Roberto- 27/03/12