CONVERSA COM
MINHA FILHA SOBRE O PERÍODO DO GOVERNO MILITAR
Aconteceu há
alguns dias durante um papo familiar, após alguns comentários que fiz sobre a
situação do país, que não tem conserto, pois nossas Forças Armadas, o poder
moderador, com seu estado maior seduzido pelos agrados do governo e também numa
demonstração explicita de covardia, renegou suas tradições, encolhendo-se e
desapontando o povo brasileiro.
Maria
Fernanda, nossa caçula, sempre foi a mais levada e independente, pois com irmãos
mais velhos e com 6 anos de diferença, teve que aprender na marra a defender-se
das pendengas com os manos, que tendem a impor suas vontades, tanto nas
brincadeiras como nas discussões e trocas de “agrados”.
Adulta,
advogada com ótima formação, já havia me surpreendido quando nas eleições,
recomendava os candidatos nos quais deveria votar e numa dessas vezes afirmou
que nunca levou a sério minhas indicações, votando normalmente em políticos
pelos quais eu não tinha a mínima simpatia.
Percebendo nosso
desencontro sobre esses assuntos, deixei de tentar influenciá-la, pois apesar
de ter crescido num lar com pais que detestam a esquerda, principalmente os políticos
do PT, deve ter sido levemente contaminada pelos seus mestres, pois como
sabemos as escolas de nível médio e universidades, estão totalmente nas mãos da
esquerda festiva, influenciando grande parte dos hoje adultos, que nasceram e
cresceram durante o período do governo dos militares.
Interessante
que essa conversa mais profunda, aconteceu agora, com minha filha já madura, nascida
aqui no Rio, no final do regime militar, mãe de um casal de filhos maravilhosos,
que talvez tenha despertado para a realidade, que a esquerda vagabunda que nos
governou por quase vinte anos desgraçou o país, retardando nosso
desenvolvimento, além de espoliá-lo, condenando-nos ao terceiro mundo e ao chavão
de país do futuro, que ainda não chegou e dificilmente chegará.
Pela
primeira vez, perguntou seriamente como foi nossa vida durante o regime
militar, dando chance para que eu finalmente pudesse esclarecê-la sobre a
verdade dos fatos, não a baboseira ideológica que aprendeu na escola e na
faculdade.
Expliquei a
ela, que melhor época profissional de minha vida, ocorreu justamente no período
da Revolução, quando os militares derrubaram Jango impedindo a instalação do
comunismo no Brasil.
Após o
golpe, a situação do país melhorou de forma intensa, com o crescimento da
economia, da oferta de empregos, com melhoria no ensino, na saúde, e na
segurança, que não era ruim, mas melhorou de tal forma, permitindo-nos total
liberdade no ir e vir, pois os militares eram duros com os criminosos,
inclusive com os membros da Revolta Armada, que timidamente insistia em lutar
na clandestinidade, tentando nos impor o comunismo, não um regime liberal como
os anistiados mentem deliberadamente.
Parte desse período
passei em Atibaia, trabalhando na CESP, sede de uma regional que cuidava da
reforma, manutenção e extensão da rede de inúmeras localidades, atuando com recursos
e competência necessária, levando o progresso para pequenas cidades que hoje
são importantes centros industriais e de turismo.
O trabalho
era prazeroso, pois os resultados eram visíveis a curtíssimo prazo, e um fato importantíssimo
para qualquer empresa, as “Contas de Luz em Atraso eram insignificantes”, não
atingindo 3%(três por cento) do valor do faturamento mensal.
O tratamento
era igual para todos os consumidores, quem não pagava tinha sua energia
cortada, inclusive prefeitos, juízes e delegados. As autoridades simplesmente recebiam
um aviso que tinham esquecido de pagar as contas, e caso não o fizessem, eram também
“cortadas”.
A situação
atual das concessionárias de energia elétrica é catastrófica, com altíssimo nível
de inadimplência, desvios(roubos) de energia elétrica aos milhares,
principalmente nas capitais e cidades grandes, e obviamente com as tarifas superelevadas,
para compensar as perdas.
Após essas
minuciosas explicações, minha filha perguntou se havia muitos policiais e
militares nas ruas, carros de combate, postos de fiscalização, etc.
Ponderei,
que tanto no período que passei em Atibaia, como em São Paulo, a situação nas
cidades era perfeitamente normal, sem qualquer aparato militar visível. A vida
corria normalmente, com tranquilidade e segurança para a maioria da população
honesta e trabalhadora. Os embates com os grupos guerrilheiros ocorriam longe
dos nossos olhos, a não ser em eventuais atentados e assaltos a bancos, porem
poucos significativos no contesto pacifico em que vivíamos.
Obviamente,
ocorreram alguns excessos, porem comparando com outros países que sofreram
intervenção militar, como nossos vizinhos Argentina e Chile, o número de
guerrilheiros e simpatizantes mortos e desaparecidos é insignificante.
A meu ver, o
único erro dos militares, ao deixarem o poder, foi a anistia ampla, geral e
irrestrita, concedida aos bandidos e terroristas que, trastes e corruptos que
hoje dominam a esquerda e se infiltraram no governo brasileiro, conseguindo
vencer 5 eleições presidenciais.
Acredito,
que o bate papo tardio tenha sido esclarecedor, e mais coisas foram ditas e
discutidas, pois a situação atual é periclitante, e quem ainda insiste em
apoiar o atual governo é ruim da cabeça ou está levando vantagens, que não é o
caso de minha esperta filhota.
Confesso sem
qualquer constrangimento, que foi o melhor período profissional de minha vida.
E também muito bom e profícuo, no privado.
Fora Mula!
José
Roberto- 15/05/25